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Projeções da Agência Internacional de Energia Renovável indicam que a transição energética pode gerar até 122 milhões de empregos até 2050 (Dowell/Getty Images)
Repórter de ESG
Publicado em 24 de julho de 2025 às 12h07.
A Enel Foundation, braço social da companhia energética, traz para o Brasil um projeto inédito de capacitação de jovens sobre energia. O Open Brazil Power, elaborado em parceria com a Sustainable Energy For All, busca formar brasileiros sobre o setor elétrico e os caminhos para que o país lidere a transição energética.
Ao todo, 30 jovens devem participar do programa, que conta ainda com uma presença mínima de 50% de mulheres. A formação conta com dois módulos: o primeiro, realizado entre agosto e setembro deste ano, é realizado em parceria com o Grupos de Estados do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro e vai tratar de temas como ODS, inovações tecnológicas (como hidrogênio e armazenamento energético), regulação e mercados de carbono.
O segundo módulo, que acontece no quarto trimestre de 2025, seleciona apenas os participantes com melhor desempenho na primeira etapa. Ao longo de oito semanas, os alunos terão aulas com instituições como as universidades italianas Politecnico di Torino, Politecnico di Milano e a escola de administração SDA Bocconi. Nelas, serão abordados temas como tecnologia avançada, economia climática e tomadas de decisão em cenários adversos.
As inscrições estão abertas até 3 de agosto e podem se inscrever jovens de 24 a 25 anos com formações concluídas em programas de mestrado, MBA e doutorado até julho de 2025. É necessário ter fluência em inglês.
As inscrições podem ser feitas a partir deste link.
Em meio à ampliação global das fontes de energia renovável, os dados de geração de empregos e atração de investimentos indicam um cenário favorável para países que avançam na descarbonização de suas matrizes energéticas.
Em 2023, o setor de renováveis empregava 16,2 milhões de pessoas no mundo, um crescimento de 18% em relação ao ano anterior. A expansão de energia solar e eólica foi determinante, com destaque para China, União Europeia, Estados Unidos e Brasil — este último sendo o terceiro maior gerador de eletricidade renovável, responsável por 7% da produção global.
Projeções da Agência Internacional de Energia Renovável indicam que a transição energética pode gerar até 122 milhões de empregos até 2050, mais que o dobro dos cerca de 58 milhões atuais. No Brasil, estima-se a criação de até 6,4 milhões de novos empregos até 2030, especialmente em áreas como instalação de parques solares e eólicos, eficiência energética e inovação tecnológica — que requerem formação técnica e especializada.
Estudos também apontam que para cada US$ 1 investido na transição energética, o retorno pode chegar a entre US$ 2 e US$ 5,5, considerando os impactos sobre saúde pública, meio ambiente e inovação.
Atualmente, o país possui cerca de 1,56 milhão de empregos em renováveis, ficando atrás apenas de China e União Europeia. O crescimento do setor impulsiona ainda setores correlatos como infraestrutura, manutenção, serviços de instalação e startups voltadas à energia limpa.