ESG

Patrocínio:

espro_fa64bd

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Instituto Clima e Sociedade investe até R$ 18 milhões em projetos de tecnologia e sustentabilidade

Novo edital está com inscrições abertas até 22 de abril e irá selecionar nove soluções focadas em agricultura regenerativa, bioeconomia e preservação ambiental

A IA e outras tecnologias emergentes podem ajudar o Brasil a atingir sua meta climática de reduzir emissões em 67% até 2030 (PUGUN SJ/iStockphoto)

A IA e outras tecnologias emergentes podem ajudar o Brasil a atingir sua meta climática de reduzir emissões em 67% até 2030 (PUGUN SJ/iStockphoto)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 11 de março de 2025 às 17h08.

Última atualização em 11 de março de 2025 às 17h13.

O Instituto Clima e Sociedade (iCS) lançou nesta terça-feira (11) um novo edital que busca até nove projetos que unem o uso de tecnologias digitais, incluindo Inteligência Artificial (IA), para promover a sustentabilidade.

O investimento é de R$ 18 milhões (US$ 3 milhões) aos selecionados, com valores mínimos de R$ 1,8 milhão para cada um. As inscrições estão abertas até 22 de abril e podem ser realizadas neste site. 

A iniciativa conta com uma doação de R$ 20 milhões (US$ 4 milhões) do Google.org, braço filantrópico do Google, e suporte técnico do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS). As soluções podem contemplar desde a redução de emissões de carbono, até a preservação da biodiversidade e fortalecimento de ecossistemas.

“Precisamos aproveitar as tecnologias disponíveis e estimular novas inovações para cumprir a agenda climática, que se torna mais urgente a cada dia. A IA pode e deve ser utilizada para desenvolver ações concretas e escaláveis em agricultura regenerativa, bioeconomia e conservação florestal no Brasil”, disse Maria Netto, diretora-executiva do iCS.

Maior doação do Google.org para sustentabilidade na América Latina

A doação do Google.org ao iCS é a maior já feita pela organização para projetos ambientais na América Latina, anunciada em dezembro de 2024.

O processo de seleção terá quatro fases: triagem técnica e legal das propostas, pré-seleção de 21 projetos por um júri especializado, mentoria de quatro semanas para os escolhidos, seleção final de 5 a 7 projetos, além de até dois escolhidos diretamente pelo iCS.

Os 21 pré-selecionados serão anunciados em 12 de junho, e os vencedores, em 26 de setembro.

“A tecnologia tem grande potencial para acelerar soluções climáticas e garantir o uso sustentável dos recursos naturais. Com o apoio do Google.org, queremos incentivar projetos que combinem inovação e impacto ambiental positivo[/grifar]”, destacou Maia Mau, diretora de Marketing do Google Brasil.

Foco em três áreas estratégicas

O edital prioriza setores com alto impacto ambiental e econômico:

Reversão da perda da biodiversidade

  • O Brasil se comprometeu a restaurar 12 milhões de hectares de florestas até 2030, mas 7 milhões de hectares de florestas secundárias correm risco de desmatamento.
  • O setor pode gerar 5 milhões de empregos e remover 4,3 bilhões de toneladas de CO₂ da atmosfera.

Bioeconomia

  • Setor pode criar 833 mil empregos até 2050.
  • Potencial para preservar mais 81 milhões de hectares de florestas em pé.

Agricultura regenerativa

  • Pode reduzir as emissões em 25,7% até 2035, comparado a 2020.
  • Solução para recuperar pastagens degradadas, evitando novos focos de desmatamento.

Segundo o iCS, a IA e outras tecnologias emergentes podem ajudar o Brasil a atingir sua meta climática de reduzir emissões em 67% até 2030. A pauta também fará parte das discussões da COP30 em Belém do Pará, em novembro deste ano.

Acompanhe tudo sobre:ESGClimaMudanças climáticasbioeconomiaInteligência artificialTecnologia

Mais de ESG

7 mulheres que quebraram barreiras seculares no Vaticano de Francisco

Ibama firma parceria para fortalecer brigadas indígenas na prevenção de incêndios

Startup brasileira lança agente de IA para promover educação inclusiva no setor tech

Operadora portuguesa nega ter atribuído apagão a fenômeno climático