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Leilão de energia na Amazônia será vitrine do Brasil na COP30

Licitação aposta em renováveis e precificação de carbono para reduzir emissões na região amazônica

Energia limpa: leilão visa reduzir emissões e ampliar acesso em áreas isoladas. (Andre Pinto/Getty Images)

Energia limpa: leilão visa reduzir emissões e ampliar acesso em áreas isoladas. (Andre Pinto/Getty Images)

Publicado em 14 de maio de 2025 às 14h00.

No ano em que o Brasil sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), o governo prepara um leilão inovador para o fornecimento de energia para regiões isoladas do país. É uma proposta aderente aos desafios socioambientais atuais.

Entre as novidades do leilão dos sistemas isolados (Sisol) de 2025, estão a precificação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e a exigência de um percentual mínimo renovável de 22% para os empreendimentos. Essas medidas representam uma mudança de paradigma para as pequenas localidades isoladas, acostumadas com geração de energia predominantemente fóssil.

Previsto para ocorrer em setembro deste ano, o leilão é dividido em três lotes que abrangem 11 localidades, nos estados do Amazonas e do Pará. Como o adiamento do leilão de reserva de capacidade (LRCAP), o leilão dos sistemas isolados – ao lado do leilão A-5, que contratará apenas projetos hidrelétricos em agosto – será um cartão de visitas para a COP30, reforçando o compromisso do país com a transição energética justa e inclusiva.

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), foram cadastrados para o leilão do Sisol 241 projetos, somando 1.870 megawatts (MW) de capacidade. Da potência total cadastrada, 39% são referentes a termelétricas (a gás natural ou biocombustível) e 61% a empreendimentos híbridos, que combinam fonte térmica com solar fotovoltaica. Entre os projetos híbridos, mais da metade (55%) conta com sistemas de armazenamento de energia por baterias.

Programa Energias da Amazônia

O leilão do Sisol integra o programa Energias da Amazônia, que reúne políticas públicas voltadas à universalização do acesso à energia e à descarbonização da região. Em outra frente do programa, o governo divulgou em abril os resultados da primeira chamada de projetos do Pró-Amazônia Legal. Foram cadastrados 64 projetos, que disputam o montante de R$ 372 milhões em incentivos para soluções sustentáveis na região.

Em uma terceira linha de atuação para a descarbonização na Amazônia Legal, está prevista para entrar em operação este ano a linha de transmissão Manaus-Boa Vista, que finalmente conectará a capital de Roraima – a única capital do país ainda em sistema isolado – ao Sistema Interligado Nacional (SIN), com impacto direto na redução das emissões na região.

De acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2034, essa interligação será a principal responsável pela queda prevista de 42% nas emissões dos sistemas isolados nos próximos dez anos. O PDE também prevê a construção de mais de 30 mil quilômetros de linhas de transmissão em todo o país até 2034 – um acréscimo de 17% em relação à malha atual.

A expansão e ampliação da rede de transmissão do país é vista como fundamental para a descarbonização e a participação cada vez maior de fontes renováveis na matriz elétrica brasileira.

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