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Marina Silva recebe prêmio global pela liderança no desenvolvimento sustentável

Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima recebeu homenagem do Instituto de Energia e Recursos da Índia, que desde 2005 reconhece líderes globais por contribuições à sustentabilidade

Marina Silva, ministra do meio ambiente, sobre a COP30: "Precisa ser a COP da aceleração da implementação, garantindo que os compromissos se traduzam em ações" (Leandro Fonseca/Exame)

Marina Silva, ministra do meio ambiente, sobre a COP30: "Precisa ser a COP da aceleração da implementação, garantindo que os compromissos se traduzam em ações" (Leandro Fonseca/Exame)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 6 de março de 2025 às 11h17.

Nesta quarta-feira, 5, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, recebeu o Prêmio de Liderança para o Desenvolvimento Sustentável. A distinção é concedida desde 2005 pelo Instituto de Energia e Recursos (TERI, na sigla), organização indiana que reconhece líderes globais por suas contribuições à sustentabilidade e ações contra as mudanças climáticas.

Durante seu discurso na abertura da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (WSDS), Marina Silva destacou o caráter coletivo da premiação: "Ao receber esse prêmio, compreendo que não é apenas um reconhecimento por meu trabalho individual, mas sim um testemunho da importância do papel do Brasil na agenda ambiental e climática".

Na fala, a ministra destacou alguns dos resultados ambientais obtidos pelo Governo, como a redução de 46% no desmatamento da Amazônia em 2024 comparado a 2022, atingindo o menor índice dos últimos nove anos.

Avanços ambientais brasileiros

Silva também mencionou a criação do Mecanismo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) em 2023, iniciativa que visa aumentar os fluxos financeiros para proteção da natureza e remuneração dos serviços ecossistêmicos, previsto para estar em operação até a COP30 em Belém, em novembro deste ano.

A ministra ressaltou ainda o diálogo estruturado promovido pela presidência brasileira do G20, reunindo ministros de Finanças e Meio Ambiente e presidentes de Bancos Centrais para discutir financiamento climático. Esta iniciativa resultou no lançamento da Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e para a Transformação Ecológica (BIP).

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Outro ponto abordado foi a antecipação da apresentação da nova meta climática brasileira sob o Acordo de Paris, feita durante a COP29 em Baku, Azerbaijão, em novembro de 2024, meses antes do prazo final de fevereiro de 2025. A NDC brasileira, considerada por muitos especialistas como abaixo no necessário, estabelece uma redução de 59% a 67% nas emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2035, tendo 2005 como referência.

Expectativas para a COP30

Sobre a próxima Conferência do Clima da ONU, Marina afirmou: "Precisa ser a COP da aceleração da implementação, garantindo que os compromissos assumidos em Dubai e Baku se traduzam em ações concretas". Ela enfatizou a necessidade de avançar na transição para o fim dos combustíveis fósseis e do desmatamento, além de ampliar o financiamento climático para US$1,3 trilhão, a partir dos US$300 bilhões prometidos pelos países desenvolvidos.

Na mesma ocasião, o vice-presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, também recebeu o Prêmio de Liderança para o Desenvolvimento Sustentável.

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A lista de premiados em edições anteriores inclui figuras notáveis como Ban Ki-moon, ex-secretário-geral da ONU (2009); Yukio Hatoyama, ex-primeiro-ministro do Japão (2010); José Manuel Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia e ex-primeiro-ministro de Portugal (2015); Josaia V. Bainimarama, ex-primeiro-ministro de Fiji (2019); e Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York e Enviado Especial da ONU para Soluções Climáticas (2002).

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