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O que esperar para o leilão de transmissão de energia em 2025

Estima-se que investimentos em novas linhas e subestações possam alcançar R$ 4,5 bilhões

Leilão de transmissão: setor prevê investimentos de R$ 4,5 bilhões em 2025. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Leilão de transmissão: setor prevê investimentos de R$ 4,5 bilhões em 2025. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Publicado em 13 de março de 2025 às 16h00.

Após um ciclo intenso de quatro leilões de linhas de transmissão realizados em 2023 e 2024, o setor de energia se prepara para um 2025 com menor volume de contratação de novos empreendimentos de transmissão. Para este ano, é aguardado apenas um leilão do tipo, previsto para ocorrer em outubro. A expectativa é que a licitação envolva investimentos da ordem de R$ 4,5 bilhões.

A previsão dos lotes que serão ofertados e os respectivos investimentos foi sinalizada na última versão do relatório do Programa de Expansão da Transmissão / Plano de Expansão de Longo Prazo (PET/PELP) elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O documento listou as principais obras de transmissão que espera-se que sejam incluídas no leilão deste ano. Elas atravessam 11 estados (São Paulo, Minas Gerais, Rondônia, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Mato Grosso, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul), além do Distrito Federal.

De acordo com o relatório da EPE, essas obras têm como principais objetivos aumentar a capacidade de transmissão em alguns estados, ampliar a capacidade de exportação de energia entre regiões e reforçar a resiliência da rede em algumas localidades.

Se 2025 indica ser um ano mais modesto em termos de ofertas de novos projetos de transmissão para os investidores, o ano seguinte traz boas perspectivas para o setor. Primeiro porque o Ministério de Minas e Energia já sinalizou com a previsão de realização de dois leilões: em abril e outubro de 2026. Segundo, porque a EPE tem desenvolvido estudos sobre a necessidade de reforços na transmissão no Norte e no Nordeste que deverão resultar em novos projetos a serem leiloados a partir do ano que vem.

Entre os estudos em andamento está uma demanda do governo para avaliar projetos de conexão de carga para empreendimentos de produção de hidrogênio, além de uma ampliação das interligações regionais para aumentar a capacidade de exportação de energia renovável da região Nordeste, ambos alinhados ao processo de transição energética. Neste último relatório, a EPE já indicou que está avaliando a possibilidade de adicionar mais um bipolo HVDC (linha de transmissão de alta tensão em corrente contínua) ao sistema. Para referência, o último bipolo Graça Aranha- Silvânia foi licitado em 2023, com R$ 20 bilhões de investimentos.

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