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A falta de acesso à água afeta diretamente 5,2 milhões de crianças e adolescentes, que ficam mais expostos a doenças e apresentam desempenho escolar inferior (CPFL/Divulgação)
Repórter de ESG
Publicado em 22 de março de 2025 às 08h00.
O projeto "Fonte de Futuro", criado pelo instituto da companhia de saneamento BRK em parceria com a Zurich Seguros, garante acesso à água potável a cinco mil estudantes da rede pública em áreas rurais e periféricas do Brasil.
Com início em 2024, a iniciativa celebra um marco neste Dia Mundial da Água (22): já atua em 17 escolas de sete municípios do Tocantins e em Macaé, no Rio de Janeiro e beneficia ao todo cerca de 22 mil pessoas -- entre alunos, funcionários, familiares e comunidades indígenas.
Segundo a BRK, o saneamento básico é a chave para o desenvolvimento social e econômico do Brasil e tem grande potencial de impacto positivo em setores como a saúde e a educação.
O cenário desafia: atualmente, são 38 mil escolas no país ainda sem acesso a uma fonte segura de abastecimento hídrico e o problema afeta diretamente 5,2 milhões de crianças e adolescentes, que ficam mais expostos a doenças e apresentam desempenho escolar inferior.
Dados do IBGE indicam que estudantes sem acesso à rede de água tratada têm um atraso escolar 3,1% maior do que aqueles que possuem este direito básico.
Alexandre Honore Marie Thiollier Neto, CEO da BRK, afirma que o projeto contribuiu para transformar o futuro e melhorar a qualidade de vida de milhares que vivem sem esse recurso diretamente na torneira. "Em 2025, será uma das nossas prioridades e vamos levá-lo para mais escolas, pois sabemos como isso impacta a saúde das comunidades e, especialmente, o desempenho escolar", destacou em relação aos planos para este ano.
O Brasil ainda tem 33 milhões de pessoas sem acesso à água potável, segundo o Instituto Trata BR. Já o Novo Marco Legal do Saneamento prevê que 99% da população seja atendida com até 2033.
O monitoramento da água no país é feito principalmente via SISAGUA, banco de dados público com informações sobre a qualidade do recurso para o consumo humano. Além disso, companhias de saneamento também devem publicar relatórios anuais, conforme exigências do Ministério da Saúde.
Em 2024, a BRK realizou 4,5 milhões de análises laboratoriais para avaliar a potabilidade da água. O controle inclui parâmetros físico-químicos e microbiológicos monitorados em tempo real, desde a captação até a distribuição.