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Entre os destaques do hub está a instalação Cool Globes, projeto de arte pública criado por Wendy Abrams, com esculturas em forma de globo (Divulgação)
Repórter de ESG
Publicado em 28 de outubro de 2025 às 11h40.
Última atualização em 28 de outubro de 2025 às 12h26.
O Rio de Janeiro ganhou um novo espaço dedicado à ação climática para marcar a chegada do Earthshot Prize no Brasil, premiação global criada pelo Príncipe William conhecida como 'oscar da sustentabilidade' que concede anualmente £5 milhões às cinco melhores soluções verdes.
Se trata do hub Boulevard Earthshot, inaugurado em 27 de outubro no centro histórico entre o Museu do Amanhã e o Píer 3, com a missão de transformar a cidade carioca em palco da discussão ambiental às vésperas da conferência do clima da ONU (COP30) em Belém do Pará.
A iniciativa é fruto da parceria entre a Fundação Eleven Eleven e o Prêmio Earthshot e antecede a cerimônia de premiação, marcada para 5 de novembro no icônico Museu do Amanhã, um dos eventos mais aguardados da agenda intensa da cidade na próxima semana.
Esta é a primeira vez do prêmio na América Latina e com foco no engajamento de toda população para atuar no combate à crise climática.
Para o prefeito Eduardo Paes, sediar o prêmio é uma oportunidade estratégica.
"É uma chance de mostrar a liderança climática do Rio, amplificar as vozes da comunidade e conectar nossos jovens e inovadores líderes a redes globais", destacou.
Uma semana antes da COP30, o Rio de Janeiro sedia pelo menos 50 eventos voltados ao tema do clima e se transforma em uma grande vitrine global.
A agenda intensa contempla fóruns, ações pela cidade e premiações, com a presença de celebridades como Anitta, o apresentador Luciano Hulk e o artista Shawn Mendes, além de autoridades como Ana Toni, CEO da COP30, e Michael Bloomberg, enviado especial da ONU.
De 3 a 5 de novembro, o Rio também será berço do Fórum de Líderes Locais, organizado pela presidência da COP30 e pela Bloomberg Philanthropies, para impulsionar a ação local.
A expectativa é reunir centenas de prefeitos, governadores e líderes subnacionais de todo o mundo e ao final resultar em um documento das cidades encaminhado à COP30.
A inspiração veio da COP28 em Dubai, quando um fórum reuniu 500 líderes de mais de 60 países e mobilizou quase US$ 470 milhões.
A programação reforça o espírito de mutirão convocado pela presidência da COP30. "É um esforço coletivo onde cada voz e cada nível de governança contribuem para um objetivo comum", afirmou o embaixador André Corrêa do Lago.
Em seguida, líderes viajam para Belém e participam da Cúpula do Clima que antecede a COP, nos dias 6 e 7 de novembro.
Entre os destaques do hub está a instalação Cool Globes, projeto de arte pública criado por Wendy Abrams, fundadora da Fundação Eleven Eleven.
Quem passar pelos pontos turísticos irá ver as esculturas em forma de globo, criadas por diferentes artistas, que dão vida a soluções em prol do clima. A exposição já percorreu 24 cidades ao redor do mundo.

Ao longo da avenida, carrinhos oferecerão o Café Earthshot, feito com grãos sustentáveis da Macaw Coffee, servido com leite de aveia da Nude em copos revestidos com algas marinhas da Notpla — vencedora do prêmio em 2022 — e copos recicláveis da Klabin.
O café será acompanhado de chocolate Dengo, produzido por produtores locais.
A partir de 2 de novembro, o Rio se tornará oficialmente a Cidade Earthshot, com sinalização no aeroporto, bandeiras nas principais vias e instalações artísticas espalhadas pela cidade.
Na noite de 4 de novembro, mais de 600 drones iluminarão a Praia de Ipanema em um show de luzes para celebrar a chegada do prêmio ao continente.
Wendy Abrams, fundadora da Fundação Eleven Eleven, reforçou o simbolismo da parceria na direção do que o Cool Globes sempre defendeu: "unir as pessoas por meio da arte para inspirar mudanças".
Fundado pelo Príncipe William em 2020, o Earthshot Prize foi inspirado no projeto Moonshot do presidente John F. Kennedy e busca mobilizar uma década de ação pelo planeta.
Os vencedores são reconhecidos por soluções inovadoras em cinco desafios: proteger e restaurar a natureza; purificar o ar; revitalizar os oceanos; construir um mundo sem resíduos; e combater a crise climática.
Ao longo de 10 anos, a meta é reconhecer 50 ações com potencial de transformar o futuro rumo ao desenvolvimento sustentável. A iniciativa conta com uma Aliança Global de Parceiros que inclui organizações como Bezos Earth Fund, Bloomberg Philanthropies, Mastercard Center for Inclusive Growth, Unilever e Walmart, entre outras.
A escolha do Brasil como primeira sede latino-americana do Earthshot Prize reforça a posição estratégica do país na liderança da agenda verde.
Em outubro, o mundo conheceu os 15 finalistas e o Brasil marcou presença com duas indicações: o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) e a re.green, startup de tecnologia que atua no combate ao desmatamento.
“À medida que chegamos à metade da década, me sinto verdadeiramente inspirado pelos finalistas deste ano, que incorporam o otimismo urgente que está no cerne da nossa missão", disse o Príncipe William.