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Siemens lança ressonância magnética que economiza até 40% de energia e aposta na sustentabilidade

Um dos principais diferenciais da nova tecnologia é a eliminação da necessidade de reabastecimento de hélio, recurso natural não renovável e de alto impacto ambiental

A ressonância magnética é um dos exames com maior consumo energético e, consequentemente, com alta pegada de carbono (Marcelo Corrêa/Exame)

A ressonância magnética é um dos exames com maior consumo energético e, consequentemente, com alta pegada de carbono (Marcelo Corrêa/Exame)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 2 de maio de 2025 às 16h00.

Última atualização em 2 de maio de 2025 às 16h41.

"Quando estamos olhando para novas tecnologias, as nossas equipes estão pensando em como criar equipamentos cada vez mais eficientes e voltados para a questão ambiental", afirmou Adriana Costa, diretora-geral da Siemens Healthineers, em entrevista à EXAME.

A empresa alemã de tecnologia médica apresentou na quinta-feira, 1° de maio, inovações em diagnóstico por imagem, inteligência artificial e automação, com o objetivo de otimizar fluxos clínicos, melhorar a experiência do paciente e garantir mais sustentabilidade.

A nova geração de ressonância magnética

Uma das novas tecnologias lançadas pela Siemens é o MAGNETOM Flow, uma nova geração de ressonância magnética que elimina a necessidade de reabastecimento de hélio, tornando a operação mais sustentável e eficiente.

Este equipamento diminui em até 40% a área ocupada, em comparação com sistemas tradicionais, permitindo o melhor aproveitamento de espaços em instituições de saúde e proporcionando uma economia de até 40% no consumo anual de energia.

De acordo com a Siemens, isso é possível devido ao uso de inteligência artificial, que otimiza o tempo de exame e reduz a necessidade de repetições, garantindo maior eficiência energética e aproveitamento de recursos.

Redução de impacto ambiental

O método de diagnóstico por imagem, muito utilizado em clínicas e hospitais, se diferencia de exames como raio X e tomografia computadorizada, pois não utiliza radiação. Contudo, é um dos exames com maior consumo energético e, consequentemente, com alta pegada de carbono.

O hélio, recurso natural não renovável, apresenta um impacto ambiental significativo durante sua extração e processamento.

Pensando nisso, o principal diferencial sustentável da nova tecnologia é seu sistema que utiliza apenas 0,7 litro deste gás raro, uma fração mínima quando comparado aos equipamentos convencionais, que exigem reabastecimentos regulares de até 1.700 litros de hélio.

"A questão do magneto selado permite que a ressonância não necessite de reposição de hélio, um recurso finito no planeta, com alto valor. Além disso, diminui muito os riscos associados ao mau uso desses equipamentos", explicou Adriana Costa.

O lançamento foi apresentado durante a 55ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR), em São Paulo, e ocorre em um momento crucial, quando o setor de saúde encontra na tecnologia e na IA um motor para tornar suas operações mais verdes e eficientes.

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