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Startup Hand Talk e B3 lançam primeiro dicionário financeiro acessível para surdos em Libras

Lançamento acontece hoje, 24, Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais; plataforma busca simplificar termos da educação financeira que não está acessíveis para pessoas com deficiência auditiva

Há 22 anos, foi promulgada a Lei 10.436/02, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais como um meio de comunicação e expressão da comunidade surda (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Há 22 anos, foi promulgada a Lei 10.436/02, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais como um meio de comunicação e expressão da comunidade surda (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 24 de abril de 2025 às 14h00.

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Em celebração ao Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras), a Hand Talk, startup pioneira no uso de inteligência artificial para acessibilidade digital, apresenta o Dicionário Financeiro em Libras, a primeira ferramenta voltada para a educação financeira da comunidade surda no Brasil.

Com mais de 120 sinais, o dicionário oferece um vocabulário completo do mercado financeiro, abrangendo desde termos básicos, como “banco” e “capital”, até conceitos mais complexos, como “Tesouro Direto” e “renda fixa”.

A plataforma, que está disponível no aplicativo da Hand Talk, permite que o usuário ajuste a velocidade de exibição dos sinais e visualize os tradutores virtuais Hugo ou Maya em 360°, tornando o aprendizado mais interativo e acessível.

Essa inovação é resultado de um trabalho conjunto entre linguistas, surdos e ouvintes, além de contar com o apoio da B3 e do Tesouro Direto, que atuaram como parceiros no processo de validação e definição dos termos financeiros.

Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais

Para Ronaldo Tenório, CEO e cofundador da Hand Talk, o dicionário representa um marco para a inclusão. "A acessibilidade de educação e informação para a comunidade surda ainda é muito limitada. Estamos falando de milhões de pessoas que consomem e movimentam a economia. Fazer parte dessa inclusão não só melhora a vida dessas pessoas, mas também beneficia empresas e o país", conta.

O lançamento do dicionário ocorre no evento realizado na Arena B3, no centro histórico de São Paulo, e integra a programação da Hand Talk com debates e palestras sobre a inclusão financeira. Além da apresentação do dicionário, o evento aborda temas como a importância da acessibilidade no mercado financeiro e os impactos da exclusão da comunidade surda.

Durante o evento, a educadora financeira Thaisa Durso media um painel com representantes da B3 e do Carrefour, e outros especialistas discutem formas de tornar o mercado financeiro mais inclusivo.

Dicionário financeiro em Libras: entenda

Com a expectativa de impactar cerca de 12 mil pessoas por mês, a ferramenta é um passo importante para democratizar a educação financeira no Brasil.

Além de traduzir termos financeiros, o dicionário também oferece a vídeo aula "Hugo Ensina – Finanças", com mais de 30 sinais que explicam conceitos fundamentais sobre finanças e investimentos, com foco em produtos como o Tesouro Direto. O material também está disponível no canal do YouTube da Hand Talk, ampliando ainda mais o alcance da iniciativa.

A Hand Talk já desenvolveu soluções para diversas grandes empresas, como Chevrolet, Hershey's e Samsung, e, com o novo projeto, amplia seu impacto social ao incluir a educação financeira na sua plataforma.

A previsão é traduzir 250 mil palavras por mês, utilizando a ferramenta no site do Tesouro Direto e em outros canais, e contribuir para que mais pessoas, especialmente da comunidade surda, possam participar ativamente do mercado financeiro com mais autonomia e segurança na tomada de decisões.

Dia da Libras: entenda a escolha da data

Há 22 anos, foi promulgada a Lei 10.436/02, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais como um meio de comunicação e expressão da comunidade surda e com deficiência auditiva no país. O decreto também facilitou a implementação de outras normas voltadas para a população, como a entrada do curso da Língua de Sinais nas universidades públicas.

Acompanhe tudo sobre:DiversidadePessoas com deficiênciaStartupsInclusão digitalMercado financeiro

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