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Terras raras: se povos originários podem ter estilo de vida alterado, têm de ser ouvidos, diz Marina

Ministra afirmou que povos originários participem em qualquer discussão que altere seu modo de vida

Silva ainda afirmou que o ministério trabalha para que a COP30, realizada em Belém, não fique somente no debate

Silva ainda afirmou que o ministério trabalha para que a COP30, realizada em Belém, não fique somente no debate

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 16 de agosto de 2025 às 13h37.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que o debate sobre a questão das terras raras precisa passar e levar em conta a opinião dos povos originários.

“Qualquer discussão não pode ser tomada sem ouvir aqueles que tem estilo de vida diferente do nosso”, disse a ministra neste sábado, 16, após a participação de um evento no Rio de Janeiro promovido pelo ex-presidente americano Al Gore, fundador da Climate Reality Project, organização com foco na ação climática.

As terras raras contam com 17 elementos químicos essenciais para o desenvolvimento de tecnologias, energias verdes e sistemas de defesa.

“Se os povos podem ter o seu estilo de vida completamente alterado, eles precisam estar no debate e ser ouvidos. Essa é a decisão reiterada do presidente Lula”, afirmou a ministra.

PL do licenciamento ambiental

A fala também faz referência à decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de vetar trechos do PL do licenciamento ambiental, que retirava os direitos de manifestação de povos indígenas e originários em empreendimentos próximos às suas terras, na avaliação da ministra.

"O veto foi exatamente para permitir que desde o primeiro laudo que é feito pela Funai, o que é feito pela Fundação Palmares, já os indígenas tenham o direito de se posicionar os quilombolas e as comunidades tradicionais”, afirmou Silva.

Segundo a ministra, qualquer processo que possa envolver a vida dessas comunidades precisa levar em conta o seu consentimento prévio para dar andamento na realização.

Com 63 vetos, Lula sanciona projeto de lei que flexibiliza licenciamento ambiental

“Não podemos simplesmente criar mecanismos que possam dividir as comunidades. O esforço é de que não se olhe só para a necessidade pelo lado da demanda, que se tenha um crivo ético também pelo lado da oferta”, afirmou.

COP30 e participação popular

Silva ainda afirmou que o ministério trabalha para que a COP30, realizada em Belém, não fique somente no debate.

“Já estamos vivendo emergência climática em todos os lugares do mundo. A cada ano são 500 mil vidas perdidas por ondas de calor, que matam mais pessoas do que a emergência de saúde da COVID em 2 anos”, explicou.

A ministra afirmou que o governo trabalha para que as negociações evitem que o planeta supere a marca de 1,5 °C, acima dos níveis pré-industriais.

“Assumimos o compromisso de financiar US$ 1,3 trilhão, triplicar renováveis e eficiência energética, evidenciar recursos de perdas e danos. Agora temos que nos planejar para criar dinâmica para os próximos anos”, disse.

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