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Vale e UFMG firmam parceria para desenvolver soluções em mineração circular

A iniciativa conta com um investimento inicial de R$ 6 milhões e visa atingir a meta de alcançar 10% da produção de minério de ferro de baixo impacto até 2030

O programa Waste to Value, que reúne mais de 100 iniciativas voltadas para o reaproveitamento de resíduos, quer expandir a circularidade nas operações em 2025 (Julie Gordon/Reuters)

O programa Waste to Value, que reúne mais de 100 iniciativas voltadas para o reaproveitamento de resíduos, quer expandir a circularidade nas operações em 2025 (Julie Gordon/Reuters)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 15 de abril de 2025 às 16h41.

Última atualização em 15 de abril de 2025 às 16h43.

A Vale e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) firmaram uma parceria estratégica nesta terça-feira (15) para o desenvolvimento de soluções inovadoras em mineração circular.

Esta indústria contribui com até 7% das emissões globais e representa um impacto ambiental significativo, visto seu potencial de contaminação de água, solo e ar e altos risco às comunidades do entorno.

Já a abordagem da circularidade contrasta com o modelo linear tradicional de "extrair, usar e descartar", criando um sistema onde os materiais são mantidos em uso pelo maior tempo possível, reduzindo a necessidade de novas extrações e minimizando os passivos ambientais. Além disso, investe em tecnologias mais limpas e eficientes para ajudar na descarbonização do setor.

O objetivo da parceria é promover práticas mais sustentáveis na produção de minério de ferro, por meio da transformação de rejeitos e resíduos da mineração em novos negócios, gerando valor para a sociedade e impactos positivos. 

Batizada de "Collab Mineração Circular", a iniciativa contará com um investimento inicial de R$ 6 milhões da Vale e se concentrará na incubação e aceleração das soluções para reaproveitar rejeitos, estéreis e outros resíduos da atividade.

Gustavo Pimenta, presidente da Vale, disse que a ideia é alcançar 10% da produção de minério de ferro de fontes circulares até 2030. Segundo o executivo, a colaboração com a UFMG permitirá ampliar a aplicação de boas práticas e fomentar a participação de empreendedores locais.

Já o vice-reitor da UFMG, Alessandro Moreira, enfatizou a importância da iniciativa para a universidade, especialmente para a Escola de Engenharia, e como ela contribui para o desenvolvimento de alunos de graduação, mestrado e doutorado, ao integrar a indústria na formação acadêmica.

Outras iniciativas

A Vale já vem investindo em economia circular. Em 2024, bateu os 12,7 milhões de toneladas de minério de ferro provenientes de fontes circulares e quer expandir o número neste ano.

Dentro do programa Waste to Value, que reúne mais de 100 iniciativas voltadas para o reaproveitamento de resíduos, seu plano é expandir a circularidade nas operações. No ano passado, estas ações contribuíram para a redução de 23 mil toneladas de CO2 equivalente emitidos na atmosfera pela companhia.

Há também o investimento em novas tecnologias e a criação da empresa Agera, que desenvolve produtos como a "Areia Sustentável", derivada do tratamento de rejeitos. Até então, já foram mais de 2 milhões de toneladas do material, utilizado para fabricar blocos de construção civil destinados a projetos sociais e obras da própria companhia.

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