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Energia limpa: 87,9% da eletricidade no Brasil vêm de fontes renováveis como hídrica, solar e eólica. (Grupo CPFL/Divulgação)
Colunista
Publicado em 31 de março de 2025 às 09h00.
O Brasil é destaque no setor de energia global. Com uma matriz predominantemente renovável, o país demonstra seu empenho em ser sustentável e eficiente. Isto porque 87,9% da energia elétrica gerada no Brasil vêm de fontes renováveis, como hídrica, solar, eólica e biomassa — uma proporção muito acima da média mundial, de apenas 26,6%. Esse compromisso com a transição energética coloca o Brasil como referência internacional no desenvolvimento de soluções energéticas limpas.
Boa parte dessa energia limpa vem das hidrelétricas, que representam quase 50% da capacidade instalada no país. E não para por aí: a infraestrutura de transmissão, que conecta a energia gerada aos consumidores, também impressiona. São mais de 171 mil quilômetros de linhas de transmissão espalhadas pelo território nacional.
Em relação à previsão de investimentos em transmissão de energia elétrica, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que serão necessários aportes da ordem de R$ 128,6 bilhões na construção de mais 30 mil km de novas linhas e subestações. Os leilões realizados em 2023 são prova do apetite por crescimento, viabilizando investimentos de R$ 37,4 bilhões em projetos que vão adicionar mais 10 mil km ao sistema.
No entanto, o setor elétrico brasileiro também enfrenta desafios complexos que exigem atenção e planejamento. Entre eles, estão o vertimento de geração renovável (ou curtailment), quando energia poderia ser gerada, porém não é por falta de demanda ou limitações no sistema; o desequilíbrio tarifário, com subsídios ineficientes que encarecem a conta para o consumidor final; os impactos de eventos climáticos extremos, como secas que afetam a geração hidrelétrica e tempestades que danificam redes de distribuição; e a abertura do mercado livre de energia, que demanda ajustes regulatórios para beneficiar mais consumidores.
Da mesma forma, as chamadas perdas não técnicas, popularmente conhecidas como “gatos de energia”, são também um grande problema enfrentado pelo setor. Furtos e fraudes representam cerca de 16% da distribuição nacional.
Os desafios refletem a necessidade de uma estrutura ainda mais robusta e coordenada para evitar desperdícios e melhorar a eficiência do setor. Por trás desse esforço, há uma engrenagem complexa formada por diversas instituições que desempenham papéis fundamentais para garantir o funcionamento do setor elétrico. Clique aqui e confira os principais órgãos e suas funções.
Apesar dos desafios, o setor apresenta uma estrutura coordenada que combina planejamento, investimento em tecnologia e sustentabilidade. Esses fatores consolidam o país como um modelo global de transição energética e mantém o setor como peça-chave para o desenvolvimento do Brasil.