Atletismo Paralímpico: Brasil tem 37 pódios e lidera o quadro de medalhas (EXAME/Exame)
Agência de notícias
Publicado em 4 de outubro de 2025 às 14h46.
Com 37 pódios e na liderança no quadro de medalhas, o Brasil chega ao último dia do Mundial de Atletismo Paralímpico, em Nova Déli, na Índia, neste domingo, 5, com chance de vencer a competição pela primeira vez na história — o país pode lutar por pódios em até nove provas.
A marca não inclui a medalha de prata de Thiago Paulino, conquistada na manhã deste sábado, 4, no arremesso de peso F57 (que competem sentados).
Isso porque o resultado está sob análise da organização. Após o término da prova, o atleta finlandês Teijo Koopikka entrou com protesto em relação a um dos arremessos do brasileiro. Alega que o atleta "perdeu o contato com a cadeira" para realizar o arremesso. Nesta prova, os competidores não podem "levantar o bumbum", tem me manter contato com a cadeira para o arremesso.
Não é a primeira vez que isso acontece com Thiago Paulino. Nos Jogos de Tóquio, por exemplo, ele também teve caso semelhante. Havia sido ouro e, após revisão, ficou com o bronze.
O Brasil também entrou com recurso em defesa do atleta e o resultado final deve ser oficializado somente neste domingo.
O brasileiro obteve 14,82m como melhor arremesso entre todas as tentativas e só foi superado pelo iraniano Yasin Khosravi, que fez 16,60m, cravando o novo recorde mundial da prova.
Foi a melhor marca de Thiago na temporada. Essa é a sexta medalha do atleta em Mundiais (são três ouros e três pratas).
Se esta medalha for confirmada, será incluída no quadro geral. Por isso, hoje, o Brasil tem 37 medalhas no total (e não 38). São 12 de ouro, 18 de prata e 7 de bronze.
Neste domingo, no último dia de competições, o Brasil travará briga com a China pelo primeiro lugar. A China está em segundo com 9 ouros, 18 pratas e 14 bronzes.
Até o momento, a melhor campanha brasileira em Mundiais aconteceu em Kobe, em 2024. No Japão, a seleção brasileira terminou na segunda posição do quadro geral de medalhas, somente atrás da China. Foram 42 pódios no total, sendo 19 medalhas de ouro, 12 de prata e 11 de bronze.
Já no Mundial de Paris, em 2023, o Brasil teve seu melhor desempenho em total de pódios na história, com 47 medalhas ao todo, sendo 14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes.
Outro brasileiro que esteve envolvido em uma final na manhã deste sábado foi o paulista Henrique Caetano. O velocista da classe T35 (paralisados cerebrais) fez o tempo de 11s75 e terminou na quarta colocação. O vencedor da disputa foi Artem Kalashian, dos Atletas Paralímpicos Neutros, que terminou a prova em 11s55.
O Brasil também teve representantes nas eliminatórias dos 100m T12 (deficiência visual): a potiguar Clara Daniele, com 24s97, e a capixaba Lorraine Aguiar, com 25s69, avançaram para as semifinais da disputa com a segunda e a sétima melhores marcas.
Elas voltam à pista a partir das 9h32 (de Brasília) deste domingo, em busca de uma vaga na final. O Brasil poderá fazer até 9 finais neste domingo.
Antes, porém, às 8h53 (de Brasília), a acreana Jerusa Geber corre a final dos 200m T11 (deficiência visual) para tentar se isolar como a maior medalhista do país em Mundiais de atletismo. Até agora Jerusa tem 12 pódios e está empatada com a mineira Terezinha Guilhermina.
Além dela, a potiguar Thalita Simplício também disputa a final dos 200m T11 em busca de sua segunda medalha no Mundial indiano – ela confirmou seu favoritismo nos 400m T11 e conquistou o tetracampeonato mundial na distância em Nova Déli.
Confira abaixo agenda dos brasileiros nesta madrugada e manhã de domingo, pelo último dia do Mundial de atletismo de Nova Déli: