Corinthians: clube realiza nova eleição para presidente (Corinthians/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 21 de agosto de 2025 às 12h11.
O Corinthians realizará uma eleição indireta para escolher seu novo presidente, com um mandato-tampão que irá até dezembro de 2026. Esta eleição ocorre após o impeachment e a saída definitiva de Augusto Melo, que estava à frente do clube desde janeiro de 2024.
Augusto Melo foi afastado da presidência em 26 de maio de 2025 e teve seu impeachment confirmado em 9 de agosto pela Assembleia Geral dos Sócios, realizada no Parque São Jorge.
Durante a votação, 1.413 associados (69,59%) votaram favoravelmente ao impeachment, enquanto 620 (30,41%) foram contrários, totalizando 2.033 votos.
O impeachment foi baseado em investigações conduzidas pela Polícia Civil de São Paulo, nas quais Melo foi envolvido em processos relacionados a crimes como associação criminosa, furto moderno e lavagem de dinheiro, todos ligados ao chamado "Caso VaideBet".
Em razão da destituição de Melo, o Corinthians marcou para o dia 25 de agosto a realização de uma nova eleição para a presidência.
A eleição será indireta e exclusiva para os membros do Conselho Deliberativo, composto por conselheiros vitalícios e trienais. Para se candidatar ao cargo de presidente, o candidato deverá ser conselheiro vitalício ou ter sido eleito em pelo menos dois mandatos, além de estar em dia com seus direitos estatutários.
O novo presidente terá um mandato indireto, com duração até o final da gestão atual, em dezembro de 2026.
Até a eleição, o vice-presidente Osmar Stábile assumiu a presidência interinamente e já confirmou sua candidatura para o pleito. Outros nomes cotados para a disputa incluem Roque Citadini, presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, e André Castro, conselheiro e executivo ligado a um fundo estrangeiro interessado em investir no clube. O processo de inscrição das chapas e os detalhes sobre o formato da eleição ainda serão divulgados pelo clube.
O mandato-tampão tem como objetivo garantir a estabilidade administrativa e a continuidade da gestão do clube, evitando uma vacância no comando.
A eleição indireta e o mandato parcial são previstos no estatuto do Corinthians para situações excepcionais, como esta, assegurando que a governança do clube permaneça organizada até a próxima eleição regular.