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Mundial de Clubes 2025: Globo e CazéTV travam disputa bilionária por audiência

Acordo com a DAZN garantiu R$ 6,3 bilhões à Fifa; CazéTV e Globo lideram audiência no Brasil

Messi: jogador argentino busca título inédito no novo formato do Mundial de Clubes da Fifa 2025 (Alex Grimm / Equipe/Getty Images)

Messi: jogador argentino busca título inédito no novo formato do Mundial de Clubes da Fifa 2025 (Alex Grimm / Equipe/Getty Images)

Publicado em 21 de junho de 2025 às 13h41.

Última atualização em 21 de junho de 2025 às 15h15.

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Com um formato expandido, sede nos Estados Unidos e 32 clubes na disputa, o Mundial de Clubes da Fifa 2025 já é o maior da história — e também o mais lucrativo. Antes mesmo da final, os números confirmam o torneio como um marco comercial para a entidade máxima do futebol.

O principal indicativo desse sucesso é a venda dos direitos de transmissão. A Fifa fechou com a plataforma britânica DAZN um contrato estimado em € 1 bilhão (cerca de R$ 6,3 bilhões), segundo a agência AFP. Foi a maior negociação de mídia já realizada pela entidade para uma competição interclubes, mesmo após recuar de uma pedida inicial de até US$ 4 bilhões.

Com o contrato global fechado, a DAZN repassou os direitos para grupos locais. No Brasil, Globo e CazéTV garantiram a cobertura completa dos 63 jogos do campeonato, incluindo fases de grupos, mata-matas e a final. O acordo permitiu transmissão na TV aberta, por assinatura e via streaming gratuito.

Segundo analistas da UOL Esporte e LanceBiz, o modelo adotado descentraliza o conteúdo, amplia o alcance entre o público jovem e dilui riscos financeiros por região. A aposta também gerou forte impacto na audiência e no engajamento.

Quem transmite o Mundial no Brasil

No país do futebol, a cobertura é ampla. A TV Globo exibe os jogos dos clubes brasileiros (Flamengo, Fluminense, Palmeiras e Botafogo) em TV aberta, além de outras partidas relevantes. A final será transmitida mesmo sem brasileiros em campo.

O canal SporTV, por sua vez, transmite os 63 jogos ao vivo. Já na internet, duas plataformas se destacam: a CazéTV, com exibição gratuita no YouTube, e a própria DAZN, com sinal pago em sua plataforma digital. O ge.globo também transmite partidas, e o Prime Video exibe confrontos selecionados.

Com esse ecossistema, o público brasileiro consegue assistir a todos os jogos do torneio de forma gratuita, mesmo sem TV por assinatura.

Globo muda a grade para faturar alto

Para priorizar o torneio, a Globo suspendeu temporariamente novelas como História de Amor e A Viagem, além de antecipar o horário de outras produções. A estratégia deu retorno imediato.

  • 75 milhões de pessoas assistiram ao Mundial pela Globo na primeira semana

  • Flamengo x Chelsea rendeu 35 pontos de audiência no Rio de Janeiro

  • Botafogo x PSG marcou 27 pontos e 46% de share

Os dados são do Ibope e da própria emissora, que também comercializou cotas milionárias de publicidade durante os jogos.

CazéTV quebra recordes e lidera no digital

Com linguagem jovem e acesso gratuito, a CazéTV se consolidou como o maior canal digital do Mundial. No primeiro fim de semana, atingiu 17,4 milhões de dispositivos únicos no YouTube, superando os 7 milhões de domicílios com TV paga no Brasil.

Entre os jogos com maior pico simultâneo:

  • Flamengo x Chelsea: 4,9 milhões

  • Botafogo x PSG: 4,2 milhões

  • Palmeiras x Porto: 2,9 milhões

  • Fluminense x Manchester City: 2,5 milhões

O sucesso também atraiu patrocinadores. Marcas como iFood, Amazon, Itaú e Brahma compraram cotas de patrocínio direto com a plataforma. Segundo Terra e Poder360, a CazéTV superou a audiência da TV paga em todos os principais jogos do torneio.

O Mundial que vale bilhões

A Fifa espera arrecadar US$ 2 bilhões (R$ 10,6 bilhões) com o Mundial 2025, somando direitos de mídia, patrocínios e bilheteria, conforme previsão oficial divulgada em maio.

O prêmio total ultrapassa US$ 1 bilhão em distribuição aos clubes. Brasileiros como Botafogo, Palmeiras, Flamengo e Fluminense já acumulam prêmios acima de R$ 100 milhões cada, segundo dados do mercado.

Com recordes de audiência, contratos históricos e cobertura multiplataforma, o torneio marca uma virada estratégica para a Fifa — e pode consolidar o Brasil como um dos mercados mais relevantes no consumo de futebol global.

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