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Com US$ 11 bilhões em ativos, 21Shares chega ao Brasil e aponta 'diferenciais' para atrair mercado

Empresa é a maior emissora de produtos negociados em bolsas para investimentos em criptomoedas e agora mira investidores brasileiros

Criptomoedas: 21Shares aterrissa no Brasil com produtos para investimento em cripti (Cauê Diniz/B3)

Criptomoedas: 21Shares aterrissa no Brasil com produtos para investimento em cripti (Cauê Diniz/B3)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 25 de setembro de 2025 às 12h33.

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A 21Shares, maior emissora do mundo de produtos de criptomoedas negociados em bolsas de valores, aterrissou nesta quinta-feira, 25, no Brasil. A gestora, com US$ 11 bilhões em ativos, inaugurou seus fundos de investimento em diversas criptos, com oferta na Bolsa de Valores. Dos 50 produtos atualmente disponíveis na Europa, seis serão inicialmente oferecidos aos investidores brasileiros.

Devido à regulação europeia, esses produtos são conhecidos como ETPs, mas na prática tem o mesmo funcionamento dos ETFs dos mercados brasileiro e norte-americano. E, em entrevista à EXAME, Bruna Cabús, associada sênior na 21Shares para a Península Ibérica e América Latina, explicou a estratégia para atrair os brasileiros.

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Chegada ao Brasil

Cabús reconhece que o mercado do Brasil já conta com diversos ETFs de criptomoedas, inclusive com lançamentos que antecederam os Estados Unidos. Entretanto, ela acredita que a 21Shares conta com "diferenciais" para atrair os brasileiros.

Um deles é o próprio tamanho dos produtos que serão oferecidos, na forma de BDRs. O ETP de Solana, por exemplo, é o maior da Europa e conta com R$ 8,86 bilhões em ativos sob gestão. Haverá, ainda, a oferta de BDRs de fundos de bitcoin, ether, XRP e Cardano. Cabús pontua que o mercado brasileiro ainda não tinha um fundo específico de investimento em Cardano.

Além dos BDRs dos fundos específicos de cada criptomoeda, a 21Shares também vai oferecer BDRs do seu fundo HODL, que é uma cesta de ativos digitais. O tamanho dos fundos em termos de investimento também permite oferecer recompensas elevadas no chamado staking, disponíveis tanto para os BDRs do fundo de ether quanto o de Solana.

"É um produto grande, então é algo diferente da competição no Brasil. O que queremos, primeiro, é fazer esse lançamento, mas temos um plano de longo prazo no Brasil para trazer mais produtos com esses diferenciais", diz. Os ETPs também contarão com uma taxa de administração menor que a dos ETFs de cripto atualmente disponíveis.

"A 21Shares é a maior gestora de ETPs de cripto no mundo. São 50 produtos na Europa, 2 ETFs nos Estados Unidos, atuação no Oriente Médio", comenta. Ao explicar a decisão de lançar os produtos no Brasil, Cabús diz que "o Brasil é um dos maiores países em usuários de cripto, e nós vimos, com a regulação em 2023, a crescente do mercado institucional".

Ela afirma que o Brasil "é um mercado estratégico para entrar na América Latina. Se queremos ser uma empresa global, temos que trazer nossos produtos para a América Latina, e o Brasil, em termos de regulação, tamanho, maturidade, é o país certo".

Sobre o futuro da 21Shares no Brasil, Cabús disse que "queremos sentir o mercado. Nós queremos começar a comercializar os seis produtos e a intenção é aumentar a oferta e já chegar no Brasil com um valor patrimonial grande, com produtos de staking com retorno maior".

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Ela também acredita que a oferta de BDRs ao invés da criação de ETFs próprios no Brasil "é interessante porque já chega com um produto com histórico longo e volume alto. Uma das preocupações era de liquidez em real, mas com a formação de mercado do BTG Pactual conseguimos resolver isso. O BDR é regulado e funciona de forma muito parecida com os produtos locais, mas se houver demanda para algo local, não estaríamos contra, iríamos avaliar".

A expectativa da gestora também é repetir a tendência na Europa de divisão quase integral entre os investimentos de clientes do varejo e institucionais. Nos Estados Unidos, o cenário foi diferente, com o varejo dominando os aportes até o momento. Entretanto, a 21Shares acredita que há potencial para chegar em um cenário quase de "50/50" no Brasil. "A nossa ideia é crescer cada vez mais aqui", resume.

O papel das criptomoedas nos investimentos

Além disso, a projeção da 21Shares é que os ETPs e os ETFs cresçam consideravelmente nos próximos anos. Hoje, correspondem a 6% de todo o mercado de criptomoedas. "É uma forma fácil de ter uma exposição, porque consegue comprar diretamente pelo banco ou corretora e colocar no portfólio tradicional".

Cabús avalia que os ETFs e ETPs estão cada vez mais líquidos e permitem uma diversificação de investimentos. Estudos da 21Shares indicam que as criptomoedas conseguem cumprir um papel de diversificação de portfólios devido à correlação reduzida com o mercado tradicional, ajudando investidores a maximizar ganhos.

"Fizemos esse tipo de pesquisa exatamente pela demanda de clientes que queriam saber como investir, como iria influenciar o portfólio", comenta. Além disso, a gestora enxerga espaços diferentes nos portfólios para o bitcoin e para outras criptomoedas.

A executiva destaca que "a volatilidade do bitcoin tem caído cada vez mais, e com o passar do tempo tem ganhado a narrativa de reserva de valor, enquanto antes era mais focado em ser um ativo de risco. O bitcoin tem mais espaço, e um espaço formalizado [nos portfólios]. Mas também vemos um espaço para outras criptomoedas".

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