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Editor do Future of Money
Publicado em 4 de junho de 2025 às 11h15.
Última atualização em 4 de junho de 2025 às 11h37.
Após um mês de maio marcado por recordes do bitcoin e forte valorização no mercado de criptomoedas, especialistas acreditam que junho deve apresentar um movimento mais tímido, conforme a cautela volta a dominar os investidores. Mesmo assim, alguns ativos ainda apresentam potencial para as próximas semanas.
Israel Buzaym, country manager da Bybit Brasil, afirma que houve um "movimento de enfraquecimento" do bitcoin que "tende a impactar com mais força" as outras criptomoedas, já que esses ativos "historicamente apresentam maior volatilidade em fases de realização do bitcoin".
Para o executivo, "isso exige uma abordagem mais seletiva, especialmente para quem opera fora do escopo institucional". Ele defende que uma estratégia adequada de investimento envolve a acumulação de bitcoin com foco no longo prazo e "observar com atenção as oportunidades táticas que surgem em projetos de rede com capitalização menor e fundamentos sólidos".
Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos, afirma que o bitcoin "segue como a principal recomendação nesse cenário ainda incerto". Ele destaca que, "nos últimos dois meses, o ativo teve ótimo desempenho frente a ativos de risco, talvez pela percepção de que tarifas, por design, não devem afetar o funcionamento da moeda".
"Além disso, vimos um forte fluxo recente nos ETFs americanos, junto com muitas empresas anunciando o bitcoin como ativo estratégico de tesouraria, movimento esse que deve continuar no curto prazo", explica Fleury. A combinação cria um cenário favorável para a criptomoeda.
João Galhardo e Matheus Parizotto, analistas de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual, explicaram na última segunda-feira, 2, que a plataforma decidiu ampliar a sua recomendação de investimento no ether para o mês de junho. A mudança ocorreu depois que o ativo "ganhou impulso", podendo criar vantagens competitivas para produtos como ETFs de ether com staking, ainda com lançamento em avaliação nos Estados Unidos.
"Destacaram-se dois segmentos principais nesse período. O primeiro foi o das redes de contratos inteligentes, particularmente Ethereum. O ativo ganhou impulso após avanços nas discussões entre BlackRock e a SEC sobre a possibilidade de incorporar staking em ETFs à vista de criptoativos proof-of-stake, criando potenciais vantagens competitivas para esses produtos", explicam.
"Adicionalmente, fundos e ETFs de ether já listados captaram quase US$ 500 milhões em maio, maior volume desde dezembro de 2024, sugerindo renovado interesse institucional pelo ativo", acrescentam os analistas.
Já Guilherme Fais, head de finanças de NovaDAX, acredita que o XRP também é uma "criptomoeda promissora" para o mês. Ele lembra que o ativo conta com projeções para junho de 2025 que envolveriam chegar ao patamar de US$ 3, ou até US$ 6,3 em cenários mais otimistas.
"Seus suportes estão em US$ 2,00 e US$ 1,80, com resistências em US$ 2,60 e US$ 3,00. Apesar da iminente 'cruz da morte', analistas acreditam que o XRP está na fase final de uma estrutura de onda quinta, indicando potencial para um novo movimento de alta", comenta.
Fleury, da QR Asset, também aponta a Aave como uma criptomoeda que merece a atenção de investidores nas próximas semanas. Ele aponta que o ativo "vem de uma ótima performance recente, e acreditamos que essa tendência possa se mantar no curto prazo dado que ela vem acompanhada de crescimento em métricas relevantes".
"Apenas para citar algumas, tivemos um novo recorde de TVL no protocolo, na casa dos US$ 25 bilhões, o crescimento da stablecoin GHO, que atingiu capitalização de mercado de US$ 225 milhões, além de todo um projeto de redesenho do tokenomics da AAVE apresentado em março deste ano, que está apenas em sua fase inicial", afirma.
Para o executivo, "todos esses fatores combinados devem contribuir para que Aave mantenha sua trajetória de alta recente".
Fais, da NovaDAX, aponta que a Sui é uma criptomoeda com "alto potencial" no mercado para o mês de junho. Ele pontua que o ativo tem demonstrado "resiliência" mesmo após a falha de segurança envolvendo o principal projeto da rede, mas que teve compensação integral das perdas.
"Seus suportes estão em US$ 3,2 e US$ 2,8, com resistências em US$ 4 e US$ 4,5. O ativo se beneficia de sua tecnologia de alta performance, crescente ecossistema de aplicações e forte apoio de investidores institucionais", diz ainda o executivo.
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