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A nova era dos pagamentos: como o mobile está redesenhando o consumo

O sucesso desse ecossistema se baseia em quatro pilares interconectados: carteiras digitais, pagamentos instantâneos, QR Codes e os wearables

Novas ferramentas de Inteligência Artificial já se tornaram essenciais para potencializar os resultados de marketing (Getty Images/Reprodução)

Novas ferramentas de Inteligência Artificial já se tornaram essenciais para potencializar os resultados de marketing (Getty Images/Reprodução)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 22 de novembro de 2025 às 10h00.

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Por Daniel Flores*

Em 2014, o dinheiro em espécie era o principal meio de pagamento, representando 67% das transações em lojas físicas; hoje, ele responde por apenas 25%. E não foram os cartões tradicionais que ganharam destaque. Foram os QR codes e as plataformas mobile-first, como carteiras digitais e pagamentos instantâneos, que transformaram cada celular em um meio de pagamento.

Essa jornada também está longe de acabar. Na América Latina, o volume de transações com pagamentos digitais deve atingir 300 bilhões de dólares até 2027, com um crescimento anual superior a 10% desde 2022. No e-commerce, essa transformação tem sido ainda mais intensa. Os pagamentos digitais já representam 48% de todas as transações online, um salto significativo em relação aos 14% registrados em 2022, e a expectativa é que cheguem a 66% até 2030.

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O sucesso desse ecossistema se baseia em quatro pilares interconectados: carteiras digitais, pagamentos instantâneos, QR Codes e os wearables.

As carteiras digitais, por exemplo, são a espinha dorsal dessa revolução. Mais de 64% da população da região utiliza internet móvel, e 60% já faz uso de carteiras ou aplicativos de pagamento no dia a dia. Em 2024, as carteiras digitais representaram 50% dos pagamentos no e-commerce da Argentina, superando os cartões de crédito, que detinham quase 55% apenas um ano antes. Enquanto isso, Brasil e México vivem um crescimento acelerado, com a adoção de carteiras digitais avançando a uma taxa de 45% ao ano.

Em relação aos pagamentos instantâneos, o principal exemplo de consolidação desse pilar é o Pix, que rapidamente se tornou o método mais popular do Brasil, usado atualmente por 87% da população adulta. Em 2024, foram processados 64 bilhões de transações pelo sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central.

A projeção é que, até o final de 2027, essa modalidade ultrapasse os cartões de crédito no país, conquistando 51% do mercado, Contra 36% dos cartões). A popularidade desse tipo sistema também tem crescido em outros países com suporte governamental, como Chile, Argentina e México.

Já os QR Codes democratizam os pagamentos digitais, exigindo apenas um celular e internet. O Brasil lidera, com quase 30% das transações PIX iniciadas por QR Codes, reforçando a expectativa de que o PIX ultrapasse os cartões de crédito até 2027. Isso mostra como os consumidores estão cada vez mais inclinados a adotar opções de pagamento instantâneas e de baixo custo.

E, vemos os wearables, como smartwatches e anéis inteligentes, com chips NFC. Esses dispositivos oferecem transações por aproximação, sendo ainda mais rápidos que smartphones. Embora em estágio inicial, o mercado de dispositivos de pagamento “vestíveis” (na tradução literal em inglês) na região deve atingir 9,8 milhões de dólares até 2028.

Infraestrutura e a abordagem “Digital First”

Com o avanço do uso da internet móvel, aceitar pagamentos digitais deixou de ser um diferencial e passou a ser uma necessidade para os negócios. A diversidade de preferências de pagamento na América Latina sempre representou um desafio técnico para os lojistas, exigindo múltiplas integrações específicas por país, o que gerava custos e complexidade. Esse cenário, no entanto, impulsionou investimentos em infraestrutura e soluções mais integradas, facilitando a vida de quem vende e de quem compra.

Nesse contexto, a transformação dos pagamentos móveis ganhou força e remodelou a forma como a região realiza transações. O que começou como uma resposta criativa a limitações de acesso bancário evoluiu para uma vantagem competitiva, colocando a América Latina na linha de frente da inovação global em meios de pagamento.

*Daniel Flores é Global Head of Product na Getnet, com mais de 25 anos de experiência em tecnologia, produtos e inovação no setor de pagamentos e serviços financeiros. Ao longo de sua carreira, liderou iniciativas de transformação digital, modernização de plataformas e evolução de produtos voltados à eficiência e à experiência do cliente.

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