Future of Money

Patrocínio:

Design sem nome (2)
LOGO SENIOR_NEWS

Ações da Méliuz saltam mais de 175% após empresa anunciar reserva de bitcoin

Méliuz intensifica sua estratégia com Bitcoin, vê ações dispararem e fortalece parcerias no mercado cripto, incluindo a adesão ao movimento liderado por Michael Saylor

Méliuz: empresa anunciou investimento em bitcoin (Méliuz/Divulgação)

Méliuz: empresa anunciou investimento em bitcoin (Méliuz/Divulgação)

Cointelegraph
Cointelegraph

Agência de notícias

Publicado em 15 de maio de 2025 às 10h01.

Última atualização em 15 de maio de 2025 às 10h42.

Tudo sobreBitcoin
Saiba mais

A empresa brasileira Méliuz viu o preço de suas ações disparar mais de 175% nos últimos 30 dias após a companhia intensificar sua estratégia de compra de bitcoin como ativo de reserva.

Além disso, recentemente o CEO da empresa, Israel Salmen, teve uma reunião com Michael Saylor, fundador da Strategy e se juntou a ‘Bitcoin For Corporations’, promovida por Saylor e que busca incentivar outras empresas a aderir o plano de reserva de bitcoin.

  • Assine a newsletter gratuita do Future of Money e saiba tudo sobre o futuro do dinheiro, dos investimentos e do seu bolso.

A história da Méliuz com o mercado de criptomoedas antecede seu anúncio da compra de bitcoin. Desde 2021, a empresa vem integrando ativos digitais ao seu ecossistema. O primeiro passo significativo ocorreu em julho de 2021, quando a Méliuz adquiriu o AlterBank, um banco digital especializado em criptomoedas como bitcoin e Ethereum.

Essa aquisição permitiu à Méliuz oferecer serviços como contas digitais com suporte a criptoativos e o "criptoback" — cashback em bitcoin — por meio de um cartão de crédito sem anuidade. No mesmo ano, a empresa anunciou a compra da Acesso Bank (que depois se tornou Bankly), fintech que na época fazia a intermediação das operações financeiras da exchange Binance no Brasil.

Já em janeiro de 2022, a empresa lançou sua conta digital própria, integrando funcionalidades como Pix e a possibilidade de compra e venda de bitcoins diretamente pelo aplicativo. Essa movimentação ampliou o acesso dos usuários ao mercado de criptomoedas.

Desde então a empresa ampliou sua atuação no mercado cripto e em maio de 2022 fechou uma parceria com a Liqi, que também envolveu um investimento da startup fundada por Daniel Coquieri, colocando a Méliuz como acionista minoritária da Liqi.

  • O JEITO FÁCIL E SEGURO DE INVESTIR EM CRYPTO. Na Mynt você negocia em poucos cliques e com a segurança de uma empresa BTG Pactual. Compre as maiores cryptos do mundo em minutos direto pelo app. Clique aqui para abrir sua conta gratuita.

Cashback em bitcoin e reserva estratégica

De olho na expansão do mercado cripto e de sua atuação no setor, a Méliuz, anunciou no final de 2022 um sistema de cashback com Bitcoin em parceria com exchanges locais como a BitPreço e a Liqi.

"A Méliuz é um dos principais programa de cashback do mercado e hoje toda a compra que nossos usuários fazem usando nosso link eles ganham cashback entre 1 e 2% no cartão. Comprando em ecommerces e lojas parceiras, os cashbacks podem variar até 30%. É possível ganhar cashback até por escanear notas fiscais de supermercado. Você acumula este cashback até atingir R$ 20 e então pode trocar por bitcoin, sem pagar nenhuma taxa", afirmou na época Claret Sabioni, Head de Cripto no Méliuz.

Após essa jornada no mercado cripto, em março de 2025, a Méliuz anunciou a compra de 45,72 bitcoins, totalizando um investimento de aproximadamente US$ 4,1 milhões, equivalente a cerca de R$ 23 milhões na época. Esse movimento representou 10% do caixa da empresa, tornando-a a primeira companhia listada na B3 a adotar o bitcoin como ativo estratégico de tesouraria.

Para formalizar essa nova estratégia, a Méliuz convocou uma Assembleia Geral Extraordinária em abril de 2025, propondo a alteração do objeto social da empresa para incluir investimentos em bitcoin como parte de sua estratégia de negócios. A proposta foi aprovada pelos acionistas, permitindo à empresa ampliar sua exposição ao mercado de criptoativos.

O fundador da Méliuz, Israel Salmen, destacou que a iniciativa visa não apenas diversificar os investimentos da empresa, mas também incentivar a adoção institucional do bitcoin no Brasil. Ele acredita que essa estratégia pode servir de exemplo para outras empresas brasileiras considerarem o bitcoin como reserva de valor.

De Belo Horizonte para ser a primeira startup a realizar um IPO

A história do Méliuz começou em Belo Horizonte, Minas Gerais, quando os fundadores decidiram criar uma solução mais vantajosa para os consumidores nos programas de fidelidade. Em 2012, a empresa participou do programa de aceleração Startup Chile, recebendo investimento e mentorias que impulsionaram seu crescimento.

Em 2015, o Méliuz recebeu aporte do investidor Fabrice Grinda, cofundador da OLX, o que contribuiu para a expansão da empresa. No ano seguinte, a empresa passou a oferecer cashback também em estabelecimentos físicos, como supermercados e farmácias.

Em novembro de 2020, o Méliuz realizou seu IPO, tornando-se a primeira startup brasileira a abrir capital na B3, a bolsa de valores do Brasil. Com os recursos captados, a empresa expandiu seus serviços e adquiriu outras plataformas, como o site de cupons Picodi.com e a plataforma de social commerce Promobit.

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptomoedasCriptoativosAçõesMéliuz

Mais de Future of Money

Haddad defende Drex e diz que projeto 'tem transparência, não tem controle'

Tether investe US$ 1 bilhão em bitcoin e expande reserva por trás de 'dólar digital'

Banco de investimentos revela qual criptomoeda vai 'impulsionar' migração do mercado para blockchain

ETFs de bitcoin mudaram dinâmica de volatilidade da criptomoeda, aponta estudo