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América Latina vai ter 'enormes oportunidades' no mercado Web3, aponta estudo

Levantamento coloca o Brasil entre os destaques na região em relação à adoção de criptomoedas e da tecnologia blockchain

Criptomoedas: América Latina surge como destaque global em adoção (Blackdovfx/Getty Images)

Criptomoedas: América Latina surge como destaque global em adoção (Blackdovfx/Getty Images)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 5 de agosto de 2025 às 18h14.

Última atualização em 5 de agosto de 2025 às 18h27.

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A América Latina é um dos destaques globais quando o assunto é adoção de criptomoedas e tecnologia blockchain, e  a região deve ter "enormes oportunidades" nos próximos anos com o avanço da Web3. É o que aponta o Relatório Blockchain LATAM 2025, produzido pela Sherlock Communications e compartilhado com exclusividade pela EXAME.

No material, Luiz Hadad, consultor e pesquisador de blockchain da Sherlock Communications, diz que "a América Latina é hoje um dos cenários mais estratégicos e diversos para o avanço do blockchain". O especialista destaca que essa adoção não é uniforme, com alguns países se consolidando como destaques.

"Enquanto Brasil, Argentina e México lideram em adoção, países como El Salvador e Chile mostram como inovação regulatória e contextos locais podem impulsionar diferentes modelos de crescimento", comenta. Além disso, Hadad ressalta a diversidade de casos de uso na região.

Entre eles, estão a "busca por estabilidade via stablecoins" e o "uso crescente de exchanges e soluções de finanças tradicionais". "Cada nação contribui à sua maneira para tornar a região referência global em Web3", pontua.

O levantamento da Sherlock também traz dados específicos sobre o uso de criptomoedas e blockchains na América Latina. Um dos achados é que "a dominância da Ethereum na América Latina continua firme, com 75% da atividade no último ano e um crescimento de 44% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024".

"A rede Polygon vem em seguida, com parcerias fortes como Nubank, e a rede Base surpreendeu ao entrar no top 3, consolidando-se como uma alternativa de peso na região. Por outro lado, redes como Arbitrum, Avalanche e Optimism perderam tração e precisam olhar com mais atenção para o potencial latino-americano", diz Hadad.

Sobre o futuro da região, o relatório acredita que "veremos enormes oportunidades com a Web3 na América Latina, um verdadeiro farol de esperança em tempos de hiperinflação, corrupção e erosão da confiança nas instituições. A tecnologia também promove inclusão social e abre caminhos para transformar nossa realidade".

Um dos principais dados do estudo é que, apesar de o Brasil ainda ser o líder em adoção e uso de criptomoedas, a Argentina começa a ameaçar essa posição. O país já tem volumes movimentados maiores, atribuídos pela Sherlock ao cenário de crise econômica histórica. "A Argentina já se comporta como uma economia 'parcialmente dolarizada' via cripto", resume o estudo.

No cenário brasileiro, um dos destaques é o BTG Pactual: "A exchange Mynt, do BTG Pactual, tornou-se a principal via de entrada de USDC no Brasil por meio de um acordo com a Circle, ampliou sua oferta para mais de 28 moedas com transferências on-chain e lançou uma carteira com portfólio DeFi. Juntamente com seu próprio stablecoin BTG Dol e contas em dólar, o BTG opera hoje três trilhos em dólar, consolidando-se como a principal porta de entrada institucional para cripto no Brasil".

O levantamento da Sherlock reúne, ainda, entrevistas com desenvolvedores de blockchain na América Latina. Dentre os entrevistados, metade já recebeu propostas para trabalhos internacionais e um terço atua em vagas estrangeiras, indicando uma alta internacionalização do grupo.

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