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Editor do Future of Money
Publicado em 4 de julho de 2025 às 15h43.
Última atualização em 4 de julho de 2025 às 16h26.
Depois de 14 anos, um investidor decidiu movimentar suas unidades de bitcoin guardadas em oito carteiras digitais. Agora, porém, a figura anônima é um bilionário. O motivo é que, desde 2011, a criptomoeda teve valorização intensa, passando de menos de US$ 100 para os US$ 110 mil atuais e transformando os ativos em uma fortuna de US$ 8 bilhões.
A transferência começou a partir da última quinta-feira, 3, e foi finalizada nesta sexta-feira, 4. As movimentações foram identificadas por empresas de monitoramento de redes blockchain, que tradicionalmente ficam atentas a possíveis transferências de ativos parados há muito tempo.
Nesse caso, as carteiras eram conhecidas como da "Era Satoshi", uma referência aos primeiros anos do bitcoin. A criptomoeda foi criada por Satoshi Nakamoto, uma figura enigmática cuja identidade verdadeira ainda não foi descoberta. Ele desapareceu há mais de dez anos.
Segundo a empresa Arkham Intel, as unidades da criptomoeda movimentadas nesta semana foram por meio do processo de mineração, em que usuários recebem recompensas em bitcoin por resolverem problemas matemáticos complexos para autenticar transações na rede blockchain.
Os ativos foram obtidos entre 2 de abril e 4 de maio de 2011, somando 80 mil unidades. Entretanto, o dono decidiu deixar todos parados, divididos em oito carteiras digitais. Após 14 anos, o investidor achou que era a hora de movimentar essas unidades pela primeira vez.
A transferência foi a maior registrada na história para unidades de bitcoin com mais de dez anos de inatividade. O recorde anterior foi de uma movimentação de pouco mais de 30 mil unidades, menos da metade do montante movimentado nesta semana.
Entretanto, por mais que o investidor tenha agora uma fortuna bilionária, a transferência não parece ter ocorrido com a intenção de vender as unidades. Todos os ativos foram divididos em oito novas carteiras digitais próprias do investidor e seguem parados desde então.
Se a intenção fosse de vender as unidades, seria necessário transferi-las para carteiras digitais de corretoras de criptomoedas, o que não ocorreu. Por isso, o mercado acredita que a intenção do bilionário anônimo pode ter sido apenas enviar os bitcoins para carteiras com acesso facilitado.
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