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Preço do bitcoin cai 10% (JUN2/Getty Images)
Editora do Future of Money
Publicado em 5 de novembro de 2025 às 11h12.
Nesta quarta-feira, 5, o bitcoin é negociado na casa dos US$ 102 mil após ter despencado abaixo de US$ 100 mil em um forte movimento de queda na última terça-feira, 4. A maior criptomoeda do mundo enfrenta um momento de incerteza e cautela enquanto especialistas compartilham expectativas negativas.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 102.963, com queda de 0,8% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Nos últimos trinta dias, a criptomoeda acumula queda de 17,8%.
"O bitcoin mostra sinais de estabilização após a forte correção recente. O movimento ocorre após uma queda de aproximadamente 8%, que tecnicamente validou uma formação de cabeça e ombros — padrão que pode sinalizar continuidade de baixa. Por outro lado, o indicador MVRV entrou na chamada “zona de oportunidade” pela primeira vez desde março, sugerindo que uma parte relevante da pressão vendedora já pode ter sido absorvida e que o mercado se aproxima de áreas historicamente associadas à formação de fundo e fases de acumulação", disse Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil.
"No cenário técnico, a região de US$ 100 mil segue como suporte psicológico e estrutural central. Se investidores retomarem compras nesse nível, o bitcoin pode reagir e voltar a testar a faixa de US$ 105 mil. Já uma quebra consistente abaixo desse suporte aumentaria o risco de aprofundamento da correção. O cenário macroeconômico americano adiciona uma nova camada de preocupaçāo. O atual shutdown do governo dos Estados Unidos — o mais longo da história — e a possibilidade de novos dados negativos da economia americana podem acentuar o pessimismo dos investidores e dificultar a retomada do bitcoin", acrescentou o executivo.
"Os mercados asiáticos registraram fortes quedas nesta quarta-feira, acompanhando o sell-off de ações de tecnologia nos Estados Unidos. O movimento foi interpretado como uma correção diante de valorizações consideradas excessivas, especialmente em ações ligadas à inteligência artificial e semicondutores. Commodities apresentaram sinais mistos, com o ouro voltando a subir e o petróleo recuando diante de temores de desaceleração da demanda global", disse André Franco, CEO da Boost Research.
"A correção nos mercados tradicionais refletiu também no bitcoin, que chegou a ser negociado abaixo dos US$ 100 mil. A expectativa de curto prazo para o bitcoin é negativa, o colapso nos mercados asiáticos, somado à valorização do dólar e do iene, aciona um movimento de risk-off que penaliza diretamente os criptoativos. A quebra do suporte psicológico dos US$ 102 mil e o aumento da demanda por liquidez em dólar sugerem que o bitcoin poderá continuar em trajetória de correção, com testes na zona dos US$ 100 mil a US$ 96 mil. A reversão desse cenário dependerá de uma melhora no sentimento global ou de sinais claros de intervenção monetária. Caso contrário, o bitcoin permanece pressionado por fluxos defensivos", concluiu o executivo.
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