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Bitcoin despenca 17% e encerra fevereiro com maior queda desde quebra da FTX

Criptomoeda atingiu menor preço em 2025 e negocia abaixo de US$ 85 mil, prejudicada por aversão a riscos e pessimismo entre investidores

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 28 de fevereiro de 2025 às 17h32.

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O bitcoin caminha para encerrar fevereiro com um dos piores desempenhos dos últimos anos. A criptomoeda acumula uma queda de mais de 17% no mês, de acordo com dados da plataforma CoinGecko, e chegou a cair ainda mais, atingindo o seu menor preço em 2025 até agora. E outros recordes negativos também foram quebrados.

Dados do CoinDesk Data indicam que a queda de 12% da criptomoeda observada nos primeiros três dias da última semana de fevereiro foi a pior desde a quebra da corretora FTX, em novembro de 2022. O ativo chegou a desvalorizar até chegar à casa dos US$ 80 mil, cerca de dois meses depois de bater um novo recorde na casa dos US$ 90 mil.

Na prática, a queda do bitcoin fez com que o ativo devolvesse quase todos os ganhos obtidos desde a eleição do presidente Donald Trump, em novembro de 2024. Naquele mês, a criptomoeda estava cotada em US$ 76 mil antes da eleição, mas iniciou um forte movimento de alta com a derrota de Kamala Harris, gerando um ciclo de valorização em todo o mercado cripto.

Mas, assim como a alta, a queda da maior cripto do mundo também derrubou o mercado. O setor já tem a pior capitalização desde a vitória de Trump, também reforçando que uma parte considerável dos ganhos com o episódio acabaram se revertendo em menos de quatro meses.

Analistas apontam que a queda do bitcoin e de outras criptomoedas reflete um movimento mais amplo no mercado financeiro, que também tem prejudicado ações. O pessimismo voltou a crescer entre investidores, acompanhado de uma aversão a riscos, após Trump confirmar que vai impor tarifas contra o México e o Canadá em março.

A avaliação dos investidores é que o "tarifaço" deve jogar a inflação dos Estados Unidos para cima. Nesse cenário, o Federal Reserve não apenas encerraria os cortes de juros como poderia começar a elevá-los novamente, criando um ambiente desfavorável para ativos de risco, incluindo as criptomoedas.

Por isso, analistas acreditam que o futuro do bitcoin depende de novidades na esfera macroeconômica. Apesar de manterem um otimismo sobre o desempenho da criptomoeda no médio e no longo prazo, eles reconhecem que novos anúncios de Trump e uma piora nas condições da economia dos EUA podem fazer com que o ciclo de alta das criptos dure pouco.

Apesar desse cenário, também há quem veja essa queda como uma oportunidade. Dados divulgados pela empresa CryptoQuant indicam que grandes investidores de bitcoin aproveitaram a queda recente para investir bilhões no ativo. A lógica considera que a criptomoeda continuará subindo no médio e longo prazos, o que torna o patamar atual de preço vantajoso e lucrativo.

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