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Woman's hands hold Gold Bitcoin on a thread (Francesco Carta fotografo/Getty Images)
Repórter do Future of Money
Publicado em 30 de junho de 2025 às 10h55.
Última atualização em 30 de junho de 2025 às 11h08.
Nesta segunda-feira, 30, o bitcoin inicia a semana útil negociado “de lado”, com pouca variação de preço. A maior criptomoeda do mundo entrou em fase de consolidação na última semana, no patamar dos US$ 107 mil, após “altos e baixos” com os conflitos geopolíticos no Oriente Médio.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 107.672, com queda de 0,4% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, a principal criptomoeda do mercado ainda acumula alta de 5,8%.
"Ao analisar o fluxo, podemos observar que o preço da principal criptomoeda do mercado está em uma zona de indecisão, pois o preço está testando uma forte resistência. Mas, apesar da resistência, o preço não recuou", disse Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio.
"Se entrar força compradora rompendo a faixa de preço de US$ 108.750, os próximos alvos de curto e médio prazo estão nas regiões de liquidez dos US$ 109.300 e US$ 111.230.No entanto, caso ocorra reversão do movimento fazendo com que a lateralização seja rompida para baixo, os suportes de curto e médio prazo estão nas faixas de preços de US$ 105.500 e US$ 94.700", acrescentou.
"Apesar de ter acumulado uma alta relativamente expressiva, saindo da faixa de US$ 99.000 para acima de US$ 107.000… o bitcoin está lateralizado, em um momento de consolidação, se mantendo estável entre US$ 107.000–108.000. O movimento foi parcialmente impulsionado por comentários do Donald Trump sobre crescimento econômico e déficits, reforçando a tese de proteção do bitcoin diante de políticas fiscais expansionistas”, disse Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil.
“No curto prazo, analisando o preço, o viés predominante do mercado é positivo - bullish - desde que o suporte em US$ 107.000 se mantenha e haja fechamento convincente acima de US$ 108.000–109.000. Existe um risco de possível realização de lucros ou correção técnica caso o Stoch RSI sobrecomprado se confirme, especialmente se perder US$ 106.000”, acrescentou.
“Se o bitcoin romper US$ 110.000, pode acelerar para US$ 115.000–120.000 devido ao acúmulo de shorts e potencial short squeeze. Por outro lado, a perda de US$ 106.000 pode acionar liquidações e buscar US$ 104.000 ou abaixo”, concluiu.
"Essa será uma semana atípica para cripto: os mercados norte-americanos encerram às 14h00 (BRT) na quinta-feira, 3 e permanecem fechados na sexta-feira durante o feriado de Quatro de Julho. Com a liquidez se comprimindo a partir da quarta-feira, a volatilidade tende a se concentrar no início da semana, potencialmente amplificando movimentos bruscos de preço”, disse João Galhardo, analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual.
“Entre os eventos relevantes da semana, estão o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, amanhã, 1, no Fórum do Banco Central Europeu (BCE). O mercado buscará pistas sobre o ritmo de cortes de juros após recentes dados de inflação; qualquer sinal de que o Fed continue reticente em flexibilizar pode pressionar os rendimentos de Treasuries e, por tabela, reduzir o apetite por bitcoin e demais criptoativos”, acrescentou.
“A agenda macroeconômica dos EUA também é carregada: logo depois da fala de Powell saem o ISM Manufacturing de junho e o JOLTS de maio – indicadores que medem, respectivamente, a temperatura da atividade industrial e a demanda por mão de obra. Na quarta-feira, 2, o ADP reporta dados de emprego de junho aquecendo os ânimos para o Payroll oficial, que será divulgado excepcionalmente na quinta-feira, 3, por conta do feriado”, disse ele à EXAME.
“Leituras de mercado de trabalho ainda resiliente podem adiar apostas em cortes, sustentar o dólar e limitar alívios na curva longa, fatores que geralmente mantêm o bitcoin em cenário de correção, operando com correlação negativa aos juros reais”, concluiu.
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