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Repórter do Future of Money
Publicado em 25 de março de 2025 às 12h15.
Última atualização em 25 de março de 2025 às 12h25.
O Standard Chartered divulgou um relatório na última segunda-feira, 24, em que avalia que o preço do bitcoin tem demonstrado uma alta correlação com ações de tecnologia neste início de 2025. Por causa disso, o banco britânico defende que investidores precisam mudar a forma de inserir a criptomoeda em seus portfólios.
Os analistas do banco explicam que a alta correlação entre o preço da criptomoeda e o índice de Nasdaq, a bolsa de ações de tecnologia dos Estados Unidos, faz com que o ativo tenha um desempenho ruim como uma forma de proteção contra a volatilidade em mercados tradicionais. Mas alguns investidores ainda compram a criptomoeda com esse objetivo.
O relatório aponta que, em termos de capitalização de mercado, o bitcoin poderia entrar nas chamadas "Sete Magníficas", as sete maiores ações de empresas de tecnologia de Nasdaq. O grupo é composto pela Apple, Microsoft, Nvidia, Amazon, Alphabet, Meta e Tesla.
Considerando a capitalização atual da criptomoeda, ela ocuparia a sexta posição. O Standard Chartered também criou uma versão alternativa do índice que acompanha as variações dessas sete empresas, substituindo a Tesla pelo ativo digital e avaliando os impactos da mudança.
Desde 2017, o índice tradicional acumula uma valorização de 5%. Já a versão com o bitcoin no lugar da Tesla teria um desempenho 5% superior ao índice tradicional no mesmo período analisado, com retornos melhores para os investidores.
Além disso, o Standard Chartered identificou uma volatilidade menor no preço da criptomoeda em relação ao preço das ações da Tesla. Para o banco britânico, a retomada da correlação entre o ativo digital e as ações de tecnologia está diretamente ligada à vitória de Donald Trump nas eleições de 2024.
Segundo o banco, a vitória de Trump coincide com a intensificação da correlação entre o bitcoin e esses ativos. Por causa desse comportamento, a criptomoeda tem sido especialmente afetada por variações no apetite ao risco de investidores, o que explica tanto a sua queda quanto a das ações de tecnologia nas últimas semanas.
Nesse cenário, o bitcoin está se comportando menos como um "ouro digital" — uma de suas principais teses de investimento — e mais como um ativo especulativo e de maior volatilidade. Entretanto, ainda não há como saber se essa tendência continuará no futuro.
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