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Repórter do Future of Money
Publicado em 4 de agosto de 2025 às 11h20.
Última atualização em 4 de agosto de 2025 às 11h35.
Nesta segunda-feira, 4, o bitcoin inicia a semana útil em leve alta, depois de ter apresentado queda significativa nos últimos dias. A maior criptomoeda do mundo, assim como outros ativos digitais, pode estar pressionada por fatores macroeconômicos.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 115,34 mil, com alta de 1,4% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, no entanto, a criptomoeda ainda acumula queda de 2,6%.
"O mercado de criptoativos encerrou a última semana pressionado por fatores macroeconômicos, realização de lucros e um movimento de desalavancagem, que gerou mais de US$ 1 bilhão em liquidações na sexta-feira. Os ETFs de bitcoin registraram saídas líquidas após sete semanas consecutivas de entrada, e o desconto da Coinbase frente a outras corretoras sinalizou possível realização por parte de investidores institucionais americanos", disse Matheus Parizotto, analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual.
"Ainda assim, os sinais estruturais seguem positivos. Empresas como Strategy e Metaplanet anunciaram planos para levantar mais de US$ 7 bilhões com o objetivo de ampliar suas reservas de bitcoin. Do lado regulatório, o relatório do Crypto Working Group da Casa Branca reforçou o alinhamento político com o setor, enquanto a SEC lançou o “Project Crypto” para modernizar o mercado de capitais com uso de blockchain", acrescentou.
"Nesta semana, o foco segue nos desdobramentos macro e nos dados de mercado, mas o cenário técnico sugere possibilidade de recuperação no curto prazo, apoiado tanto em suportes importantes quanto em sinais vindo do mercado de derivativos", concluiu.
"Os últimos dados da economia dos Estados Unidos revelam fragilidades que vão além dos números positivos de manchete. O relatório de inflação de junho apontou pressões persistentes sobre os preços, impulsionadas principalmente por novas tarifas que elevaram os custos de bens como móveis, roupas e itens de lazer", disse um relatório semanal da Bitfinex.
"Enquanto os gastos com consumo pessoal (PCE) apresentaram alta modesta, o consumo real quase não se mexeu, indicando que a inflação está corroendo o poder de compra. O crescimento dos salários perdeu força e, apesar de o PIB ter avançado 3% no segundo trimestre, esse número foi inflado por forte queda nas importações, o que mascara a demanda interna enfraquecida", acrescentou o documento.