Patrocínio:
(Reprodução/Reprodução)
Editora do Future of Money
Publicado em 15 de outubro de 2025 às 11h11.
Última atualização em 15 de outubro de 2025 às 11h13.
Nesta quarta-feira, 15, o bitcoin é negociado na casa dos US$ 112 mil, apresentando pouca variação de preço após uma semana de extrema volatilidade. A maior criptomoeda do mundo havia registrado um novo recorde de preço no início da última semana, mas terminou em um "flash crash" na sexta-feira, 10, momento em que o mercado de ativos digitais apresentou uma queda rápida e expressiva. Agora, o setor ainda repercute o ocorrido.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 112.161, com alta de 0,8% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, a maior criptomoeda do mundo ainda acumula perdas de 8,8%.
"O mercado cripto mantém um cenário de estabilidade tensa após a forte volatilidade dos últimos dias, marcada pela rápida recuperação do bitcoin para a faixa dos US$ 112 mil. Entre ontem e hoje, o setor foi influenciado pelo retorno de fluxos para ETFs e maior participação de investidores de curto prazo, que ajudaram a aliviar pressões vendedoras. O resultado imediato é um mercado lateralizado, com as principais criptomoedas oscilando sem direção pronunciada enquanto investidores continuam cautelosos após o recente crash", disse Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil.
"O bitcoin recuperou parte das perdas, sustentado pelo aumento das compras institucionais e novos aportes via ETFs – somente ontem, os ETFs de bitcoin somaram cerca de US$ 103 milhões em entradas e os de ether US$ 236 milhões. Porém, as ameaças e incertezas referentes à guerra tarifária entre EUA e China seguem limitando ralis mais sólidos. Ainda assim, um discurso menos agressivo do presidente Trump e sinais de trégua minimizaram a aversão a risco, permitindo alguma recuperação dos preços", acrescentou.
"O bitcoin mostra sinais de tentativa de consolidação após o recente sell-off. As principais resistências de curto prazo situam-se em US$ 115 mil e US$ 116.5 mil. Uma superação firme dessas faixas pode abrir espaço para tentativa de reteste dos US$ 120 mil. O suporte imediato está entre US$ 110 mil e US$ 111 mil. Perder essa região poderia levar a uma nova pressão baixista rumo à zona de US$ 105 mil–106 mil", disse Guilherme Prado.
"A lateralização deve persistir enquanto não houver catalisadores macro relevantes ou fluxo institucional acentuado. O cenário só deve se reverter em caso de novas notícias positivas sobre ETFs, tarifas entre EUA e China ou macroeconômicas dos EUA", concluiu o especialista.
Investidores e especialistas aguardavam por uma "altseason", momento em que outras criptomoedas podem apresentar performance superior ao bitcoin. No entanto, o recente "flash crash" das criptomoedas pode ter afetado as perspectivas para tal evento no curto prazo.
"O índice de altseason apresenta leitura baixa neste momento, refletindo um cenário de dominância elevada do bitcoin e menor força das altcoins na comparação com as últimas semanas. Apesar do entusiasmo das semanas anteriores e expectativas por uma potencial “altseason” alimentada por rumores de ETFs e movimentos institucionais, a rotação para ativos alternativos perdeu momento desde a correção forte do mercado e o crash recente", disse Guilherme Prado.
"No agregado dos 100 principais ativos, apenas pouco mais da metade supera Bitcoin no acumulado recente, mostrando que o apetite está mais seletivo. Tokens que haviam apresentado forte performance — como projetos ligados à IA, Layer 2 e DeFi — passaram a sofrer correção e rotação defensiva, sinalizando menor disposição de risco no curto prazo. Para uma retomada da altseason, seria preciso o índice ultrapassar os 75 pontos, o que depende de fatores como aprovação de ETFs de outros ativos (XRP, Solana), fluxo de capitais institucional e reversão do atual cenário de cautela macro", concluiu o executivo.
Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | X | YouTube | Telegram | Tik Tok