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O presidente do Conselho do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, discursa durante uma coletiva de imprensa após uma reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) no Federal Reserve, em Washington, D.C., em 7 de maio de 2025. O Federal Reserve (Fed, banco central americano) anunciou na quarta-feira mais uma pausa nos cortes de juros e alertou sobre riscos maiores para suas metas de inflação e desemprego, em uma provável referência às tarifas do presidente Donald Trump. As autoridades votaram por unanimidade para manter a taxa básica de juros do banco central americano entre 4,25% e 4,50%, informou o Fed em um comunicado. (Foto de Brendan SMIALOWSKI / AFP) (Foto de BRENDAN SMIALOWSKI/AFP via Getty Images) (BRENDAN SMIALOWSKI / Colaborador/Getty Images)
Editora do Future of Money
Publicado em 22 de agosto de 2025 às 10h42.
Última atualização em 22 de agosto de 2025 às 13h39.
Nesta sexta-feira, 22, o bitcoin voltou a subir após despencar para US$ 112 mil. A maior criptomoeda do mundo havia atingido uma nova máxima histórica de US$ 124 mil na última semana, mas recuou até os US$ 112 mil e agora sinaliza recuperação. Investidores e especialistas continuam em compasso de espera pelo discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, no Simpósio de Jackson Hole. O evento é um dos mais aguardados da semana, tanto para investidores tradicionais quanto os de cripto, pois pode ajudar a determinar a política monetária dos EUA.
Nesta sexta-feira, 22, o mercado de criptomoedas enfrentou alta volatilidade graças ao discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, no Simpósio de Jackson Hole. O evento era aguardado durante toda a semana por investidores e especialistas. O preço do bitcoin, que despencava para US$ 112 mil, subiu para US$ 115 mil em minutos após a divulgação do texto do discurso, com uma indicação sobre possíveis cortes na taxa de juros dos Estados Unidos.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 116.456, com alta de 3,4% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, a queda acumulada é de apenas 0,6%.
"Com a política monetária em território restritivo, a perspectiva básica e a mudança no equilíbrio de riscos podem justificar um ajuste em nossa postura política", disse Jerome Powell.
"Ações, títulos e criptomoedas dispararam após Powell sinalizar abertura para cortes de juros (ainda sem data marcada). Com a taxa básica em 4,25%-4,50% desde dezembro, qualquer flexibilização reduz o custo do dinheiro e valoriza ganhos futuros. Resultado: investidores saem da renda fixa e migram para risco, especialmente ações de crescimento e cripto, que dependem mais de fluxos futuros", disse Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio.
"Para o mercado cripto, juros mais baixos nos EUA (e dólar possivelmente mais fraco) tendem a destravar demanda. Não à toa, bitcoin e altcoins valorizaram durante o discurso, refletindo essa expectativa. Até o Fed confirmar o primeiro corte, a direção do mercado dependerá dos resultados de inflação e emprego nos EUA. Além disso, é importante pontuar que o preço do bitcoin também reage a fatores próprios, como ETFs, entrada de capital institucional, avanços tecnológicos e sua proposta de valor – características que o investidor cripto deve manter no radar", acrescentou.
"Com esse background macroeconômico, vamos ao gráfico: após atingir sua nova máxima histórica nos US$ 124.474 no dia 13 de agosto, o preço do bitcoin iniciou um movimento de queda que durou 8 dias, fazendo o ativo atingir a mínima de US$ 111.684 no dia 22", disse Ana de Mattos.
"No entanto, a queda foi absorvida pela força compradora, fazendo com que o ativo perdesse a estrutura de baixa de curto prazo e atingisse os US$ 116.800, até o momento desta publicação. Ou seja, mais de 4% de valorização. Se houver continuidade da força compradora, haverá resistências nas faixas de preços dos US$ 117.9 mil e US$ 121 mil. Os suportes de curto e médio prazo estão nas regiões de liquidez dos US$ 111.500 e US$ 105 mil", concluiu.
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