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Editora do Future of Money
Publicado em 25 de setembro de 2025 às 10h34.
Nesta quinta-feira, 25, o bitcoin e a maioria das criptomoedas operam "no vermelho", com especialistas apontando momento de cautela e a prevalência de pressão vendedora para o curto prazo.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 111.540, com queda de 1,4% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, a maior criptomoeda do mundo acumula 5% de queda.
Para Lucas Josa, especialista em criptoativos do BTG Pactual, investidores devem ficar atentos a divulgação do PCE, principal índice observado pelo Comitê de Política Monetária dos EUA. Segundo ele, durante o programa Morning Call Crypto no YouTube, o momento é de cautela nos mercados:
“Antes da divulgação do PCE, principal índice observado pelo Comitê de Política Monetária dos EUA, o mercado está assumindo uma postura de cautela. Uma sinalização disso é a alta do ouro, que subiu 43% no gráfico de 12 meses. Isso traz um pouco do movimento de risk-off no mercado e também faz com que cripto apresente queda”, disse Lucas Josa no programa transmitido ao vivo às terças e quintas-feiras pela manhã.
"Ao analisar o fluxo, é possível observar que a força vendedora prevalece no curto prazo, sugerindo o rompimento do range para baixo. Se confirmado este movimento, os próximos suportes estão nas áreas de valor de US$ 108 mil e US$ 105 mil. No entanto, caso entre fluxo comprador e reverta o movimento, haverá resistência nas regiões de liquidez dos US$ 116.4 mil e US$ 124.474", disse Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio.
"Nas últimas 24 horas, bitcoin perdeu força e opera em torno de US$ 111.5 mil, sem conseguir romper a resistência de US$ 113.5 mil. Com isso, o valor de mercado das criptos caiu cerca de US$ 162 bilhões na madrugada, levando a capitalização global para US$ 3,81–3,83 trilhões. Foram mais de US$ 400 milhões em liquidações, especialmente em posições compradas forçadas a vender após o insucesso de bitcoin e ether em segurar patamares-chave", disse Guilherme Prado, country manager da Bitget.
"O dado de new home sales nos EUA surpreendeu positivamente, com vendas subindo para 800 mil em agosto (fora do consenso), impulsionadas pela expectativa de juros menores para financiamentos imobiliários. Essa melhora no setor imobiliário sugere resiliência da economia, mas não foi suficiente para reverter o humor de risco, pois investidores avaliam efeitos da política monetária a médio prazo e ainda veem volatilidade elevada nos ativos digitais. No ambiente institucional, ETFs de bitcoin e ether tiveram fluxo negativo nos dois últimos dias (US$ 244 milhões a menos, e quedas também pontuais de até US$ 363 milhões em um único dia), refletindo realocação de capital em função da volatilidade e retração de inflow institucional no curtíssimo prazo", acrescentou o executivo.
"A BlackRock manteve estoques estáveis, enquanto Fidelity e outros gestores lideraram resgates. O mercado sente o efeito dos vencimentos de opções de US$ 17,5 bilhões em bitcoin agendados para os próximos dias, acúmulo de liquidez em faixas superiores, lucros recentes embolsados por investidores institucionais e fluxos instáveis nos ETFs. Além disso, a proximidade de catalisadores macro como novas decisões do Fed e perspectivas sobre inflação mantém o sentimento de espera, travando movimentações mais decisivas. O bitcoin opera em região crítica, próximo do fundo semanal e com 'liquidity map' indicando acúmulo vendedor forte na faixa dos US$ 113 mil–113.5 mil. Se romper, pode desencadear short squeeze e rapidamente buscar US$ 116 mil, liquidando mais de US$ 2,7 bilhões em shorts. Caso contrário, pressiona para baixo, com suporte na região dos US$ 110 mil e maior força em US$ 107 mil", concluiu.
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