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Bitcoin hoje: criptomoeda cai para US$ 113 mil com aumento de temores sobre Trump

Possível escalada protecionista nos EUA fortaleceu o dólar e pressionou as criptomoedas; bitcoin mantém tendência positiva, segundo especialistas

 (envato/Reprodução)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 5 de agosto de 2025 às 10h44.

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Nesta terça-feira, 5, o bitcoin e as principais criptomoedas apresentaram queda significativa. Durante a manhã, notícias sobre o governo de Donald Trump nos Estados Unidos reacenderam temores entre investidores de ativos de risco, como as criptomoedas.

No momento, o bitcoin é cotado a US$ 114.312, com queda de apenas 0,1% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. No entanto, a maior criptomoeda do mundo chegou a cair para US$ 113.648.

“A correção dessa manhã reflete uma nova onda de aversão a risco depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou à CNBC que ‘aumentará substancialmente’ as tarifas sobre importações indianas em retaliação às compras de petróleo russo por Nova Déli. O comentário reacendeu temores de escalada protecionista, fortaleceu o dólar e pressionou ativos de risco como o bitcoin e altcoins, que devolveram parte dos ganhos recentes”, disse João Galhardo, analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual.

"O choque macro vem num momento de incerteza sobre política monetária global. Tarifas mais altas sobre a Índia, terceiro maior comprador de petróleo do mundo, podem desorganizar cadeias de energia, realimentar pressões inflacionárias e, por tabela, adiar quaisquer afrouxamentos de juros pelo Banco Central dos EUA (Fed)", acrescentou.

"No radar, três eventos merecem atenção: o CPI norte-americano de julho, que sai em 12 de agosto e deve calibrar expectativas de inflação nos EUA; a divulgação da ata do FOMC em 20 de agosto, que mostrará o grau de preocupação do Fed com o cenário tarifário; e o simpósio de Jackson Hole, de 21 a 23 de agosto, onde Jerome Powell poderá sinalizar se as tensões comerciais alteram o rumo da política monetária", concluiu o analista à EXAME.

Cenário dos mercados financeiros e perspectivas

"Os mercados asiáticos e os futuros de Wall Street mantém o ritmo de alta, impulsionados pela crescente expectativa de que o Federal Reserve cortará os juros em setembro e pelos resultados sólidos de gigantes da tecnologia como Nvidia, Alphabet e Meta. A probabilidade de um corte de juros pelo Fed subiu para 94%, ante 63% na semana anterior, após a divulgação de dados fracos de emprego e revisões negativas. O dólar manteve-se estável frente ao euro, mas perdeu força em relação ao iene. O petróleo seguiu em queda, pressionado pelo aumento da oferta, enquanto o ouro registrou leve alta", disse André Franco, CEO da Boost Research

"A tendência de curto prazo para o bitcoin tende a ser positiva, a aceleração nas apostas por corte de juros nos EUA, combinada à força dos balanços das big techs e à queda nos rendimentos dos Treasuries, cria um ambiente favorável à liquidez e ao apetite por risco — ambos fatores que beneficiam ativos digitais como o bitcoin. A estabilidade do dólar e a leve alta do ouro indicam que o mercado ainda observa com cautela os desdobramentos macroeconômicos, mas o viés permanece positivo", acrescentou.

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