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(Bruno Faiotto/Exame)
Repórter do Future of Money
Publicado em 19 de maio de 2025 às 10h43.
Última atualização em 19 de maio de 2025 às 10h46.
Nesta segunda-feira, 19, o bitcoin e as principais criptomoedas são negociados "no vermelho" após um final de semana de disparada que elevou os ânimos de investidores que aguardam por uma nova máxima da maior criptomoeda do mundo.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 102.894, com queda de 1,3% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. Durante o final de semana, a criptomoeda chegou a ser cotada em quase US$ 107 mil, valor muito próximo de sua última máxima histórica, em US$ 109 mil.
“O bitcoin recuou cerca de 4,5% desde o último pico de US$ 107 mil registrado no domingo, 18, mas ainda sobe 8,6% em maio, terceiro melhor mês de 2025. O movimento de queda é natural após uma alta tão expressiva, dando espaço para o mercado respirar", comentou João Galhardo, analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual.
"A queda ocorre em meio a um cenário global mais instável. Na sexta-feira passada, 16, a agência de risco Moody’s rebaixou novamente a nota de crédito dos EUA, indicando menor confiança na capacidade do governo americano de pagar suas dívidas no longo prazo. Isso fez com que investidores passassem a exigir taxas mais altas (juros maiores) para financiar os EUA, o que impacta negativamente títulos públicos americanos, aumentando ainda mais a pressão sobre ativos de risco", disse Galhardo à EXAME.
"Outro fator que contribui para esse cenário vem do Japão, um dos maiores investidores globais em títulos americanos. O país enfrenta atualmente problemas econômicos internos, com juros locais subindo para níveis históricos e uma dívida pública superior a 230% do PIB. Com isso, investidores japoneses estão retirando recursos de títulos estrangeiros, inclusive dos EUA, pressionando ainda mais os juros americanos para cima", acrescentou.
"Ainda assim, a perspectiva de longo prazo para o bitcoin permanece positiva. Recentemente, a empresa japonesa Metaplanet adquiriu mais 1.004 bitcoins (aproximadamente US$ 104 milhões), aumentando sua reserva total para 7.800 moedas. Esse tipo de compra reforça que empresas institucionais seguem vendo as quedas no preço do bitcoin como boas oportunidades de investimento. Com a demanda institucional forte, é provável que o bitcoin encerre o mês com performance positiva", concluiu o especialista.
Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, compartilhou sua análise de preço do bitcoin após a criptomoeda ter ultrapassado os US$ 107 mil pela primeira vez desde janeiro deste ano.
"Considerando a análise de fluxo, podemos observar que em tempos gráficos menores entrou um alto volume financeiro vendedor no topo, sugerindo continuidade de queda até o suporte dos US$ 100.800, contudo, caso esse suporte seja superado, o preço do bitcoin poderá buscar a região de liquidez dos US$ 94.700", disse ela.
"No entanto, se houver retomada da força compradora, o preço do bitcoin poderá buscar níveis ainda mais altos nas áreas de valor dos US$ 108.200 e US$ 112.800 como pontos de resistência", acrescentou.
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