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Redação Exame
Publicado em 1 de maio de 2025 às 14h00.
Enfim, o bitcoin está operando acima dos US$ 90 mil novamente. A gente não via este preço desde o final de março, quando Donald Trump lançou a bomba do tarifaço. O cenário macroeconômico segue o mesmo, com a tensão comercial entre China e Estados Unidos cada dia mais intensa.
Mesmo assim, o mercado parece ter se cansado um pouco dessa disputa e decidiu ir atrás de ativos mais resilientes e que sejam capazes de despistar parte desta turbulência. Por isso, o bitcoin não só alcançou os US$ 95 mil recentemente, como está andando lado a lado com o ouro, enquanto ultrapassa o desempenho de diversos índices norte-americanos.
Mas mais do que preço, esses US$ 95 mil tem uma forte representatividade para a criptomoeda. O bitcoin provou estar consolidado entre as big techs e, hoje, é simplesmente o sétimo ativo mais valioso do mundo!
Eu costumo bater na tecla de que preço não é tudo. Afinal, ele é ilusório. Para ficar mais claro, pense que o bitcoin é negociado a US$ 94 mil por unidade, enquanto o USDT é vendida e comprada a US$ 1.
Se olharmos apenas para a cotação, o bitcoin seria o ativo mais forte do mundo, enquanto o USDT um dos mais fracos atualmente. Mas aqueles que conhecem o mercado de criptomoedas sabem que a stablecoin emitida pela Tether é o terceiro token mais valioso do setor atualmente, em relação à capitalização de mercado.
E é neste "market cap" que a gente observa a verdadeira relevância de um ativo. Aqui, a conta é bem simples: o número de unidades do ativo em circulação multiplicado pelo seu preço.
Nessa somatória, o bitcoin possui uma capitalização de US$ 1,88 trilhão!
Por si só, este número já é extremamente imponente. Porém, quando o comparamos com outros produtos do mercado – inclusive tradicionais –, o desempenho é ainda mais expressivo.
Com a marca atual, o bitcoin é, hoje, o 7º ativo mais valioso do mundo!
Mais do que o lugar privilegiado, o bitcoin confirma sua consolidação não mais como uma criptomoeda, mas como uma big tech. Ou seja, hoje, o bitcoin senta na mesma mesa que Amazon, Alphabet, NVIDIA, Microsoft, Apple.
Como você já deve saber, o bitcoin é uma entidade descentralizada. Por isso, não opera nos moldes de um governo ou empresa, que precisa prestar contas, gerar marketing ou ações secundárias. Ele funciona de maneira autônoma pela comunidade e para a comunidade que o utiliza.
Mesmo assim, não quer dizer que não existam projeções sobre seu desempenho e até mesmo “produto”. Afinal, o BTC é muito mais do que uma criptomoeda. É uma tecnologia, porém, de código 100% aberto e com qualquer pessoa sendo capaz de trabalhar para ela.
Neste caso, o bitcoin se posiciona como uma solução de tecnologia financeira, permitindo transações mais rápidas, baratas, seguras e auditáveis do que vemos nos modelos mais tradicionais.
Com isso, a plataforma não para de se desenvolver. Há muitos grupos e até mesmo empresas se debruçando para criar as chamadas “layer-2”. A proposta é trazer mais flexibilidade e escalabilidade para o principal protocolo criptográfico que temos hoje.
Como gosto de dizer, este é o processo de “ethereunização do bitcoin”.
Ou seja, será quando o blockchain do Bitcoin passará a ser capaz de fazer, com eficiência, a produção de smart contracts, aplicativos descentralizados (dApps) e produtos de finanças descentralizadas (DeFi), hoje já muito consolidados no Ethereum.
Portanto, não se apegue tanto ao preço de um ativo. Observe sua capitalização de mercado e em qual mesa ele está sentado. Aí, sim, você terá não só a dimensão da relevância daquele investimento e produto, como também em qual setor você deve ficar de olho para buscar suas oportunidades.
E é por isso que o bitcoin continua sendo fascinante. Em pouco tempo, ele conseguiu provar sua tese, sua tecnologia e sua adoção, a ponto de ser capaz de estar posicionado ao lado de empresas que levaram décadas para alcançar este nível.
Em outras palavras, o bitcoin tem sua relevância medida, comprovada e disponibilizada ao mundo que quer aderir a uma classe de ativos realmente valiosa.
*João Canhada é fundador da Foxbit, corretora de criptomoedas.
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