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Editora do Future of Money
Publicado em 16 de outubro de 2025 às 10h48.
Última atualização em 16 de outubro de 2025 às 11h23.
Nesta quinta-feira, 16, o bitcoin segue negociado na faixa dos US$ 111 mil, quase uma semana após o "flash crash" recente. O momento marcou uma queda rápida e expressiva no mercado de criptomoedas após a escalada de tensões na guerra tarifária entre Estados Unidos e China. Agora, o setor busca uma consolidação, com a maior criptomoeda do mundo apresentando pouca variação de preço.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 111.333, com queda de 0,1% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, a criptomoeda acumula queda de 9,4%.
"O bitcoin mostra resiliência ao se manter consolidado acima de US$ 111 mil, mesmo após a maior liquidação do ano no mercado cripto. A recomposição rápida de liquidez e a estabilização da capitalização de mercado próxima de US$ 4 trilhões indicam que, apesar do choque recente, os investidores não enxergam esse movimento como o início de um bear market, e sim como uma reprecificação temporária de risco", disse Guilherme Prado, country manager da Bitget.
"O sentimento é de cautela, mas com viés construtivo, especialmente diante do fluxo consistente para ETFs de bitcoin, ether e outros ativos relevantes, o que sustenta níveis importantes de suporte e reforça a confiança institucional. No entanto, o ambiente macroeconômico segue pressionado, com a escalada nas tensões comerciais entre EUA e China aumentando a aversão ao risco nos mercados globais. Esse cenário tem peso relevante sobre os ativos alternativos e mantém os investidores atentos a qualquer sinal de mudança no tom das negociações", acrescentou.
"Do lado técnico, o ativo enfrenta uma forte zona de oferta entre US$ 115 mil e US$ 116.7 mil, faixa que já provocou rejeições recentes. Um rompimento consistente dessa região poderia abrir espaço para uma nova pernada de alta em direção aos US$ 120 mil. Já o suporte imediato está na faixa dos US$ 110 mil a US$ 111 mil, com um piso mais abaixo em torno de US$ 106 mil. Enquanto isso, o mercado como um todo permanece seletivo. Algumas altcoins, como AVAX e DOGE, se destacam no curto prazo, impulsionadas por fluxos institucionais e ciclos setoriais rápidos. No entanto, o índice de altseason permanece em patamar neutro, indicando que a dominância segue concentrada nos principais ativos e que os investidores ainda buscam segurança e liquidez, ao invés de assumir riscos mais amplos", concluiu o executivo.
Matheus Parizotto, analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual, aponta para uma tentativa "típica" de estabilização do mercado de criptoativos após o "flash crash" da última sexta-feira, 10, com perspectiva de que a volatilidade do setor ainda se mantenha alta no curto prazo.
"O mercado de criptoativos segue tentando se estabilizar após o crash da última semana, um comportamento típico depois de movimentos extremos. O bitcoin tem se mantido acima de US$ 110 mil, patamar importante para preservar a estrutura da tendência de médio prazo. Apesar do curto prazo ainda volátil, este momento pode ser uma janela tática para se posicionar pensando nos próximos meses. Historicamente, após quedas dessa magnitude, o mercado costuma recuperar em média +9,3% em 30 dias, +30,0% em 90 dias e +56,5% em 180 dias", disse.
"No contexto mais amplo, enxergo suporte adicional na retomada do ciclo de cortes nos EUA, no dólar mais fraco, na liquidez global em máximas históricas e no avanço das principais métricas de adoção no ecossistema. Em termos de posicionamento, BTC, ETH e SOL combinam qualidade, liquidez e suporte de fluxos institucionais via ETFs e tesourarias. Adicionalmente, o setor de DeFi de alta qualidade passou por um teste de estresse reccente, mantendo negociação e liquidação on-chain mesmo enquanto corretoras enfrentavam problemas, o que pode sinalizar uma oportunidade de exposição seletiva", acrescentou.
"Mercados asiáticos acompanharam o rali de Wall Street, impulsionado por otimismo nos setores de chips e IA e resultados robustos de bancos dos EUA. Apesar das tensões comerciais entre EUA e China continuarem, o tema ficou em segundo plano frente à liquidez global e ao apetite por risco. O ouro alcançou nova máxima, chegando a US$ 4.234,41/oz, enquanto o dólar enfraqueceu pela terceira sessão consecutiva, especialmente frente ao iene e ao franco suíço. A perspectiva de alívio tarifário e possível encontro Trump-Xi também ajudou a amenizar o humor negativo", disse André Franco, CEO da Boost Research.
"Já para o bitcoin, o impacto de curto prazo tende a ser cautelosamente positivo. O ambiente de liquidez e diminuição da força do dólar favorece o apetite por risco, enquanto o ouro atingindo recordes confirma que parte dos investidores está se movimentando para ativos de proteção, um contexto que pode favorecer a criptomoeda. No entanto, o bitcoin já enfrenta resistência técnica e sensibilidade a reversões, dada a volatilidade recente e os choques macroeconômicos. É provável que o bitcoin oscile numa faixa entre US$ 109 mil e US$ 113.5 mil, com possibilidade de teste de rompimento se surgirem catalisadores dovish ou avanço na narrativa de cortes de juros", acrescentou.
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