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Tokenização: BNY Mellon avalia adotar processo (Bloomberg/Getty Images)
Editor do Future of Money
Publicado em 13 de outubro de 2025 às 17h53.
O BNY Mellon, maior custodiante de ativos do mundo, revelou na última semana que está avaliando a tokenização dos seus depósitos bancários como forma de modernizar o sistema de pagamentos tradicional e aumentar a eficiência dos seus serviços para a base de clientes.
A informação foi divulgada por Carl Slabicki, da área de Treasury Services, que explicou que a tecnologia blockchain está sendo estudada pelo banco como foco na modernização de pagamentos transfronteiriços, permitindo operações instantâneas e com processamento em tempo real.
A tokenização de depósitos bancários envolve o registro dos depósitos em uma tecnologia blockchain que permite a criação de tokens digitais equivalentes. Os tokens, por sua vez, são a representação do dinheiro bancário comercial e podem ser usados em diversas operações.
Graças à digitalização e transformação em um criptoativo, esses tokens podem ser transacionados com mais velocidade e eficiência e com custos menores. Por causa disso, a tokenização de depósitos bancários tem chamado cada vez mais a atenção de instituições financeiras.
Em julho deste ano, o BNY Mellon já havia anunciado uma parceria com o Goldman Sachs para ter registros em blockchain dos cotistas de um dos seus fundos de investimento. O foco da operação estava em agilizar a liquidação e registro e melhorar o uso como garantia de empréstimo.
Agora, o banco planeja usar a tokenização e a tecnologia blockchain para "superar as amarras das tecnologias de legado". A ideia é testar soluções internas e, eventualmente, desenvolver aplicações que se tornem uma referência no mercado.
O projeto do BNY Mellon também surge em meio à corrida de grandes bancos internacionais para incorporar a tecnologia blockchain e os criptoativos em suas operações. O HSBC também anunciou um projeto de tokenização de depósitos bancários nesse ano.
Já o JPMorgan revelou testes para desenvolver a JPMD, um token que representaria depósitos bancários em dólar. Ao mesmo tempo, bancos têm investido em iniciativas com stablecoins, criptomoedas pareadas ao dólar, também com foco na área de pagamentos transfronteiriços.
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