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Editora do Future of Money
Publicado em 25 de setembro de 2025 às 16h00.
A estratégia de tesouraria envolvendo bitcoin não é nova e foi inaugurada pela Strategy (antiga MicroStrategy) há alguns anos. No entanto, a adoção de tal estratégia aumentou de forma significativa, com representantes brasileiros como o Méliuz.
Uma “Bitcoin Treasury Company” é uma empresa listada em bolsa que utilizada o investimento em bitcoin como estratégia de tesouraria. Dessa forma, empresas como o Méliuz acumulam alta de 46% em suas ações desde o início do ano, segundo dados do Google Finance.
Além do investimento em bitcoin, a estratégia evoluiu para promover a exposição de empresas listadas em bolsa em outras criptomoedas, como ether e Solana. Em entrevista à EXAME, Giovanni Vicioso, diretor executivo da CME, empresa por trás da bolsa de Chicago, revelou que as “Treasury Companies” podem utilizar outras ferramentas, como contratos futuros, para obter rendimento adicional sobre suas grandes reservas de criptomoedas.
“Quando você olha para essas empresas que estão adquirindo bitcoin, fica uma situação de ‘eu tenho todo esse bitcoin, e agora? Como posso gerar rendimento adicional com esse Bitcoin que estou guardando?’ E isso é algo em que as estratégias em torno do uso de futuros podem ser a negociação de base para ajudar a gerar algum rendimento adicional”, explicou Giovanni Vicioso, diretor executivo da CME.
“Eu posso gerar alfa adicional ou talvez vender opções de compra cobertas contra essa posição comprada. Então os futuros podem ser usados por essas empresas para ajudar a aumentar os retornos”, acrescentou Vicioso.
Além do rendimento adicional, as “Treasury Companies” também poderiam pensar em se expor às criptomoedas através dessas ferramentas de investimento, na visão do diretor executivo da CME.
“Os futuros poderiam ser usados por essas empresas na parte da aquisição de bitcoin, Solana, XRP, no sentido de que elas poderiam confiar na liquidez de nossos contratos e, em seguida, usar um mecanismo chamado troca por físico para obter bitcoin, ether ou Solana à vista. Portanto, há, mais uma vez, relacionamentos em que os participantes do mercado poderiam confiar na liquidez dos contratos futuros subjacentes para ajudar com a exposição, bem como ajudar a gerar rendimento”, disse ele em entrevista à EXAME.
Para Giovanni Vicioso, os ETFs e futuros de criptomoedas não representam uma concorrência entre investidores institucionais. Na verdade, a relação entre eles pode ser similar à polinização cruzada de flores, em que abelhas levam o pólen de uma flor para outra.
“Você olha para ETFs e futuros, eles são realmente simbióticos, pois os ETFs crescem conforme o volume de futuros cresce e vice-versa. O volume de futuros cresce conforme os ETFs e parte da razão para isso é que, quando você olha para os benchmarks subjacentes para a maioria desses ETFs à vista, eles são referenciados às taxas de referência do CME CF”, disse Giovanni Vicioso à EXAME.
“Então, há uma espécie de polinização cruzada, por assim dizer, em que os participantes do mercado dependem da liquidez dos nossos contratos futuros para sustentar o crescimento desses vários ETFs. Mas, no momento, não temos planos de entrar em nenhum mercado à vista”, acrescentou.
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