Future of Money

Patrocínio:

Design sem nome (2)
LOGO SENIOR_NEWS

Brasileiros usam stablecoins no dia a dia, mas preferem guardar bitcoin, revela estudo

Investidores tem apresentado perfil mais estratégico após valorização do bitcoin e amadurecimento do mercado cripto

 (Madrolly/Getty Images)

(Madrolly/Getty Images)

Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 11 de agosto de 2025 às 09h00.

Tudo sobreCriptoativos
Saiba mais

Somente no último ano, o bitcoin dobrou de valor e superou a rentabilidade de ativos tradicionais no Brasil, como ouro, café e ações como Petrobrás e Vale. Dessa forma, investidores brasileiros apresentam perfil estratégico na hora de investir. É o que mostra a quarta edição do relatório "Panorama Cripto na América Latina", da Bitso, divulgado nesta segunda-feira, 11.

Um dos destaques do relatório, que levanta dados sobre o comportamento de investidores cripto na América Latina, é que os brasileiros usam stablecoins no dia a dia, mas preferem guardar bitcoin. As stablecoins, criptomoedas que acompanham o valor de outros ativos, geralmente o dólar, ganharam popularidade na região nos últimos anos.

"Poupança" em bitcoin

Já quando se trata de guardar dinheiro, a preferência dos investidores de criptomoedas está no bitcoin, muitas vezes chamado de "ouro digital" e o ativo que mais valorizou nos últimos anos. Apenas este ano, o bitcoin já subiu cerca de 23% e é enxergado por especialistas como um ativo que promove a proteção de patrimônio contra a inflação e desvalorização.

Segundo o "Panorama Cripto na América Latina", o Brasil registrou a maior concentração de bitcoin em carteira entre todos os mercados analisados, com 65% dos ativos mantidos pelos usuários brasileiros em bitcoin, um crescimento que consolida a posição da moeda como principal reserva de valor no país.

“A preferência dos brasileiros por manter bitcoin em carteira mostra uma confiança crescente no ativo como proteção patrimonial e investimento de longo prazo. Isso reflete não só a maturidade do usuário, mas também o papel do bitcoin como alternativa viável frente à inflação e à volatilidade de ativos locais”, disse Bárbara Espir, Country Manager da Bitso no Brasil.

Stablecoins ganham popularidade

De acordo com a nova edição do "Panorama Cripto na América Latina", as stablecoins atreladas ao dólar já representam 35% das compras no país, um avanço expressivo em relação ao relatório anterior, quando esse índice era de 26%. Pela primeira vez, o USDC aparece isoladamente como o ativo mais comprado entre os brasileiros, com 24% das aquisições, superando o próprio bitcoin, que aparece com 21%.

O USDT também teve participação significativa, representando 11% das compras durante o período. Para a Bitso, esse comportamento reforça o papel das stablecoins como instrumento de proteção cambial e ferramenta prática para transações cotidianas.

“O avanço das stablecoins na região mostra como os usuários latino-americanos estão cada vez mais familiarizados com as funcionalidades práticas desses ativos, seja para remessas, proteção cambial ou pagamentos diários”, disse Bárbara Espir.

O estudo ainda aponta que as stablecoins se consolidaram como os ativos mais comprados na América Latina, representando 46% de todas as transações na região, um crescimento constante em relação aos anos anteriores, quando esse número era de 39% em 2024 e 30% em 2023.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | X | YouTube Telegram | Tik Tok  

Acompanhe tudo sobre:CriptoativosFinançasCriptomoedasBitcoin

Mais de Future of Money

A era em que um banco não é mais um banco

Até quando você vai ignorar a tokenização de ativos? Especialista comenta benefícios da tecnologia

De tokens a soluções: transformando a infraestrutura para alcançar todo o potencial das stablecoins

Altcoins: aprenda a montar uma carteira lucrativa com criptomoedas além do bitcoin