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CEO da BlackRock diz que dólar pode perder status de reserva de valor para o bitcoin

Larry Fink acredita que posição do dólar como a principal moeda usada globalmente como reserva está ameaçada pelo bitcoin

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 31 de março de 2025 às 14h15.

Última atualização em 31 de março de 2025 às 14h44.

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Larry Fink, CEO da BlackRock, alertou nesta segunda-feira, 31, que o bitcoin pode se tornar uma ameaça para o dólar. Na visão do executivo, a criptomoeda tem potencial para progressivamente substituir a moeda americana como um ativo de reserva de valor global.

Fink falou sobre o tema na sua carta anual para investidores. A avaliação do executivo é que, se o governo dos Estados Unidos não conseguir controlar os seus gastos públicos e a sua dívida crescente, o elevado déficit do país fará com que o investimento no dólar se torne mais arriscado.

Nesse cenário, o bitcoin pode surgir como uma alternativa, se tornando uma nova moeda de reserva internacional. O CEO da BlackRock destaca que os Estados Unidos se beneficiaram por décadas da posição do dólar como reserva para investidores, mas não há garantia de que isso vai durar para sempre.

Na carta, Fink ressaltou que a dívida nacional americana cresceu em um ritmo três vezes maior que o crescimento do PIB do país desde 1989. Se esse cenário continuar, há a possibilidade de criação de um déficit público permanente até o ano de 2030.

"Obviamente não sou antiativos digitais. Mas duas coisas podem ser verdadeiras ao mesmo tempo: finanças descentralizadas são uma inovação extraordinária. Elas tornam os mercados mais rápidos, mais baratos e mais transparentes. No entanto, essa mesma inovação pode minar a vantagem econômica dos Estados Unidos", disse Fink.

Para isso ocorrer, seria necessário que o bitcoin fosse visto como uma opção de investimento mais segura que o dólar. Hoje, esse ainda não é o cenário do mercado, mas Fink não descarta que a situação mude nos próximos anos, com a criptomoeda consolidada como reserva de valor.

O CEO da BlackRock também destacou o interesse de investidores no bitcoin, pontuando que o lançamento do ETF da criptomoeda pela gestora foi o maior da história do segmento, somando US$ 50 bilhões em ativos sob gestão em menos de um ano de operação.

Além do bitcoin, Fink também defendeu que a tokenização de ativos por meio da tecnologia blockchain representa uma "democratização" dos investimentos. "Toda ação, todo título, todo fundo, todo ativo pode ser tokenizado. E se eles forem, isso vai revolucionar os investimentos", pontuou.

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