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Bitcoin: China acusa governo dos EUA de roubo (simon2579/Getty Images)
Editor do Future of Money
Publicado em 11 de novembro de 2025 às 14h55.
A agência de cibersegurança da China afirmou no último domingo, 9, que o governo dos Estados Unidos teria sido responsável por um roubo de 127 mil unidades de bitcoin, em um mistério famoso no mercado cripto. Ao todo, as criptomoedas valeriam hoje cerca de US$ 13 bilhões (R$ 68 bilhões, na cotação atual).
Segundo o Centro Nacional de Respostas a Emergências com Vírus Computacionais (CVERC), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos teria apreendido as unidades do ativo. As unidades são famosas no mercado por terem sido obtidas a partir de um ataque hacker.
Em 2020, a rede de mineração de bitcoin LuBian perdeu 127 mil unidades da criptomoeda no ataque hacker, um dos maiores da história do setor. O caso foi mantido em segredo pela própria LuBian até agosto deste ano, quando investigações revelaram o roubo.
Meses depois, em outubro, carteiras digitais que supostamente pertenceriam aos hackers envolvidos no roubo registraram uma movimentação de US$ 14 bilhões em unidades do ativo. A transferência ocorreu após os Estados Unidos solicitarem a apreensão das unidades.
As unidades de bitcoin estavam sob controle de Chen Zhi, que foi denunciado pelos Estados Unidos como o líder da rede de hackers. Entretanto, o governo chinês afirma agora que o ataque hacker contra a LuBian exigiria uma "organização de hackers com apoio a nível estatal".
O relatório produzido pelas autoridades sugere que o governo dos Estados Unidos teria fornecido os recursos necessários para o ataque. As criptomoedas roubadas ficaram anos paradas até a apreensão recente pelo governo do país, a maior da história do mercado.
A versão divulgada pelas autoridades da China alega que a suposta apreensão recente teria sido, na verdade, a "conclusão" de um esquema que durou anos para obter as unidades de bitcoin, com participação direta do governo dos Estados Unidos.
Enquanto isso, o governo chinês destacou que as vítimas do ataque hacker ficaram no prejuízo e não receberam os ativos roubados de volta. A versão chinesa não foi respaldada pelas autoridades norte-americanas, que afirmam que a apreensão fez parte de uma "ação legítima" de cumprimento da lei.
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