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Corrida espacial do bitcoin? Empresa brasileira tem investimento na cripto como principal negócio

OranjeBTC ‘já nasce no bitcoin’, integra o rol de ‘Bitcoin Treasury Companies’ brasileiras junto com a Méliuz e tem Fernando Ulrich no conselho

 (Reprodução/Reprodução)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Editora do Future of Money

Publicado em 25 de setembro de 2025 às 18h00.

Última atualização em 25 de setembro de 2025 às 18h33.

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A estratégia de tesouraria criada por Michael Saylor, da Strategy, hoje inspira outras empresas, incluindo as brasileiras, a investir em bitcoin. Depois da Méliuz, a OranjeBTC surge com o investimento em bitcoin como um de seus negócios principais e defende a missão de “disseminar o padrão bitcoin na América Latina”.

Com Fernando Ulrich, a empresa conta com nomes relevantes no conselho, como Eric Weiss, figura central na introdução do bitcoin a Michael Saylor, fundador da Strategy, empresa listada em bolsa que mais investe em bitcoin.

A proposta é disseminar iniciativas educacionais sobre o bitcoin e as criptomoedas, mas utilizando a estratégia de tesouraria em bitcoin como um grande pilar de negócio, e não apenas um investimento adicional.

Guilherme Gomes, CEO da OranjeBTC, acredita que o bitcoin pode se tornar o “maior ativo do mundo” e revelou em entrevista à EXAME que está 100% alocado na criptomoeda em seus investimentos pessoais.

“A missão principal da companhia é ajudar a disseminar o padrão bitcoin na América Latina. Porque em uma eventual transição para o bitcoin com uma reserva de valor global, acho que mais e mais indivíduos e empresas irão constatar que existem deficiências estruturais no modelo financeiro atual. Vão constatar que o bitcoin é a solução mais lógica desse problema e vão acabar migrando seus patrimônios pessoais e as reservas de suas companhias para esse ativo. E nesse movimento irão surgir novas companhias, novos modelos de negócios, novos tipos de operações”, disse Guilherme Gomes, CEO da OranjeBTC.

Para ele, o investimento apenas em bitcoin e não em outras criptomoedas ou ativos “é questão de convicção”. O executivo acredita em um “padrão bitcoin”, ou seja, que a criptomoeda evolua como um ativo de proteção de patrimônio acima do ouro.

“Acho que é questão de convicção. Quando você pensa nas qualidades fundamentais de um dinheiro, o bitcoin faz esse papel melhor do que, ao meu ver, qualquer outro ativo digital ou qualquer outro ativo fora do mundo digital. Então, se você está construindo uma reserva para o futuro e não para daqui a três meses, daqui a dois anos, daqui a dez, 20, 30 anos, você quer construir essa reserva no melhor ativo que existe”, disse.

“Corrida espacial do bitcoin”

A estratégia de acumulação de bitcoin, posicionamento de mercado e expansão é responsabilidade da própria empresa, mas a OranjeBTC ainda contará com a assessoria do Itaú BBA. Atualmente, a empresa alega ter 3,65 mil bitcoins, o equivalente a cerca de R$ 2 bilhões na cotação atual do ativo, mas ainda não é listada em bolsa. A empresa afirma que pretende ser listada ainda em 2025.

“A gente nasce grande. Já vamos nascer com uma das 25 maiores do mundo. E tamanho importa, né? Você pensar numa corrida do ouro, uma corrida espacial, aqueles mais bem posicionados vão estar estrategicamente muito diferenciados no futuro”, disse Guilherme Gomes.

Estratégia para a volatilidade do bitcoin

Diferente de outras “Bitcoin Treasury Companies”, a OranjeBTC “já nasce no bitcoin”, segundo Guilherme Gomes à EXAME. Com um modelo de negócios focado no investimento em bitcoin, a empresa foi questionada sobre a volatilidade da criptomoeda, que já apresentou quedas significativas no passado. Para Guilherme, a volatilidade do bitcoin seria “parte fundamental da tese da OranjeBTC”.

“A volatilidade é uma parte estrutural do bitcoin e fundamental da nossa tese. Você não sai de um ativo que valia literalmente um centavo há 16 anos atrás pra US$ 2,2 trilhões de dólares, pra US$ 50 trilhões de dólares nos próximos anos numa linha reta, vai ter volatilidade, terão ciclos de adoção, terão ciclos marco econômicos que vão eventualmente impactar no preço do bitcoin. Como uma empresa 100% focada em bitcoin, que tem o objetivo de fazer emissões futuras de dívidas conversíveis, ações preferenciais, de equity, a volatilidade é parte do negócio”, explicou.

“O que Michael Saylor fez de maneira muito bela, é monetizar essa volatilidade, para capitalizar a companhia. Já estamos operando 100% nesse novo modelo e eu já estou pessoalmente 100% alocado a bitcoin há quase meia década. Então, já passei pessoalmente por ciclos, já trabalhei em empresa 100% alocado em bitcoin, passamos por ciclos, ciclos virão e irão embora, mas a trajetória do bitcoin se tornar uma das maiores reservas de valor do mundo, está em tática. E se você tiver bem planejado e navegar bem, é só uma questão momentânea”, disse o CEO da OranjeBTC.

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