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Criptomoedas doadas para pacientes com câncer em 2018 valem R$ 200 milhões, mas estão congeladas

Unidades de BNB foram dadas pela corretora Binance para ajudar pacientes com câncer em Malta, mas ativos estão parados

Criptomoedas: unidades de BNB usadas em doação estão paradas há anos (Reprodução/Reprodução)

Criptomoedas: unidades de BNB usadas em doação estão paradas há anos (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 15 de outubro de 2025 às 16h30.

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Em 2018, a corretora de criptomoedas Binance anunciou, por meio do seu braço de caridade, uma doação de US$ 200 mil em unidades da cripto BNB para pacientes que faziam tratamento para câncer em Malta. Anos depois, esses ativos são avaliados em quase US$ 39 milhões (R$ 212 milhões, na cotação atual), mas eles nunca chegaram ao público da doação.

O caso começou quando Malta, uma pequena ilha na Europa, anunciou que criaria a primeira regulação do continente para o mercado de criptomoedas. A medida foi recebida com muita comemoração por um setor que ainda era pequeno, começava a crescer e ainda era majoritariamente associado a golpes e outros crimes.

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Pouco depois da aprovação da lei, a Binance anunciou que destinaria uma parte dos ativos arrecadados em seu programa de caridade para o país. Mais especificamente, para uma fundação sem fins lucrativos que busca ajudar pacientes com câncer, contribuindo para tratamentos.

As criptomoedas vieram tanto da própria Binance quanto de usuários do mundo cripto, resultando em US$ 200 mil em unidades de BNB. Entretanto, o valor nunca chegou na instituição ou nos pacientes. E o motivo é uma longa disputa que tem sido travada entre as partes envolvidas.

Em 2022, a fundação de caridade da Binance disse que queria enviar o valor doado diretamente para os pacientes, a partir das informações fornecidas pela instituição de Malta. Já a organização do país afirmou que não compartilharia os dados ou obrigaria os pacientes a criar carteiras digitais para receber o ativo.

Por isso, a instituição de Malta passou a exigir que a Binance enviasse os ativos para ela, que ficaria responsável por repassar os valores para os pacientes. À época, a organização destacou que muitos dos pacientes eram de famílias mais pobres, sem acesso ao mercado cripto.

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A Binance reconheceu que o acordo inicial de doação não definia quem receberia as criptomoedas, mas se recusou a enviar os ativos para a organização. O caso foi parar na Justiça, mas está parado desde então. Com isso, as unidades de BNB acabaram caindo em um limbo.

Para piorar, a lei aprovada em Malta acabou sendo mais restrita que o imaginado pelo setor, e poucas empresas obtiveram a licença necessária para operar no país. A própria Binance ficou de fora da lista, o que pode inviabilizar a própria transferência das criptomoedas.

Enquanto a disputa não é resolvida, os valores da doação seguem crescendo. Em sete anos, os ativos saltaram de valor e são estimados agora na casa dos US$ 39 milhões. O valor tende a subir ainda mais, conforme a BNB apresenta uma forte trajetória de alta, com vários recordes apenas em 2025.

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