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Criptomoedas têm potencial proteger investidores de moedas fracas, aponta estudo do BIS

Analistas do "banco central dos bancos centrais" aponta que ativos digitais têm diversos casos de uso, incluindo como proteção de desvalorizações cambiais

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 12 de maio de 2025 às 16h16.

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Analistas do BIS (Banco de Compensações Internacionais) divulgaram um relatório recentemente em que reconhecem o potencial do bitcoin e de outras criptomoedas de atuarem como ativos de proteção em países que passam por momentos de desvalorização cambial. Eles pontuaram ainda a ampla diversidade de casos de uso para os ativos digitais.

No relatório, os analistas buscaram mapear e quantificar os fluxos de investimentos em criptomoedas e stablecoins - criptoativos pareados a outros ativos - ao redor do mundo entre 2017 e 2024. A ideia foi identificar os países por trás dessas moedas digitais e os momentos em que o interesse de investidores aumentou ou diminuiu.

O estudo aponta que "a distância geográfica restringe os fluxos transfronteiriços de criptomoedas muito menos do que os fluxos financeiros tradicionais. De fato, os criptoativos usados ​​em redes descentralizadas parecem desafiar amplamente os atritos tradicionais nos fluxos de capital".

Por outro lado, "o aperto das condições globais de financiamento está correlacionado a um declínio nos fluxos transfronteiriços de criptomoedas, indicando o uso de criptoativos como um investimento de risco". Mesmo assim, os analistas do BIS veem um conjunto de uso potenciais.

"Ao mesmo tempo, também encontramos evidências de stablecoins e pagamentos em bitcoin de baixo valor sendo usados ​​para transações no contexto de remessas. Isso é indicativo dos casos de uso multifacetados de diferentes criptoativos", explicam os analistas.

O estudo do BIS aponta que novos estudos são necessários para compreender melhor as dinâmicas de usos de criptomoedas ao redor mundo. Entretanto, a análise "indica que medidas políticas destinadas a conter os fluxos financeiros tradicionais podem ter impacto limitado na restrição da atividade de criptomoedas transfronteiriça".

"No entanto, à medida que os criptoativos se tornam mais integrados às finanças tradicionais, compreender os riscos sistêmicos e os potenciais efeitos de contágio entre esses mercados será essencial para formuladores de políticas e participantes do mercado", defendem os analistas.

Um dos principais apontamentos do estudo converge com a visão de que criptomoedas como o bitcoin e stablecoins têm sido cada vez mais usados como ativos de proteção, em especial em países emergentes que contam com moedas fiduciárias mais vulneráveis a desvalorização e volatilidade.

"As implicações socioeconômicas do aumento da adoção de criptomoedas, particularmente em países de mercados emergentes e em desenvolvimento, justificam uma análise mais aprofundada. Isso inclui avaliar o impacto na inclusão financeira e na estabilidade econômica, e o potencial dos criptoativos servirem como proteção contra a volatilidade e a desvalorização da moeda local", defendem.

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