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Dados econômicos dos EUA podem aumentar volatilidade do bitcoin durante a semana, diz analista

A maior criptomoeda do mundo pode ter seus movimentos ampliados durante a semana, que contará com importantes eventos e anúncios sobre a economia norte-americana

Bitcoin atingiu US$ 25 mil durante final de semana, mas recuou (Reprodução/Unsplash)

Bitcoin atingiu US$ 25 mil durante final de semana, mas recuou (Reprodução/Unsplash)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2022 às 12h03.

Por Lucas Costa*

Resumo:
• Bitcoin cai 1% nesta segunda-feira, 15, enquanto S&P 500 cai 0,60% e Nasdaq desvaloriza 0,40%.
• Os dados de atividade americana e ata do FOMC geram uma expectativa de alta volatilidade na semana.
• Pressão vendedora aumenta no bitcoin, mas a tendência de curto prazo segue de alta.

A semana começa negativa para os mercados globais e os índices norte-americanos amanhecem em queda, com -0,60% no S&P 500 e -0,40% no Nasdaq. O calendário econômico dos EUA estará recheado de indicadores relevantes, com dados de produção industrial na terça-feira, ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto dos EUA (FOMC) na quarta-feira e índice de atividade industrial do Fed Filadélfia na quinta-feira.

Os gráficos do S&P 500 e Nasdaq são importantes de serem analisados, uma vez que apresentam uma alta correlação com o bitcoin nos dias de hoje. Acompanhamos uma tendência de curto prazo de alta, mas que se aproxima de resistências importantes como média móvel de 200 dias e retrações de Fibonacci.

Apostar contra esse movimento é perigoso, mas observamos uma piora na relação de risco/retorno, uma vez que correções podem levar os índices às suas respectivas médias móveis de 21 períodos. A compreensão do cenário global é importante para determinar se os mercados estão mais propensos a tomar risco ou fugindo dele, uma vez que a volatilidade do bitcoin por vezes afasta alguns investidores mais conservadores.

(TradingView)

O gráfico diário do bitcoin tem uma primeira reação vendedora e desacelera o seu movimento de alta do curto prazo (perda de momentum). A tendência de médio prazo é de baixa, mas já temos um movimento altista no curto prazo. Precisamos nos atentar que os gráficos maiores (semanal) tem uma tendência de baixa, com o preço abaixo da sua média móvel de 21 e 50 períodos e fazendo uma tentativa de retomada acima das semanas dos dias 6 e 13 de junho, quando a principal cripto caiu 11,30% e 22,60%, respectivamente.

O gráfico diário mostra que tivemos boas oportunidades entre os US$21.000 e US$25.000, com o nosso objetivo principal nos US$27.800. Existe um viés de confirmação aqui, uma vez que é fácil identificar os movimentos depois que eles passam, mas o nosso objetivo é determinar o caminho de menor resistência e imaginar o que se passa na cabeça dos players que estão mais bem posicionados no ciclo de mercado. Sendo assim, nos aproximamos de um possível ponto de realização acima dos US$27.000.

A análise do price action mostra que entre os eventos B e C temos um aumento da presença de sombras superiores nos candles, que costuma ser um indicador de aumento na pressão vendedora (sombras inferiores sinalizam interesse comprador nas mínimas das barras e sombras superiores sugerem interesse vendedor na máxima das barras).

Os compradores podem estar realizando suas posições de curto prazo e vendedores aumentando sua posição em um direcional de queda, conforme nos aproximamos da importante região de realização citada.

A nossa visão segue otimista para o curto prazo do bitcoin, mas já vemos um upside menor para as próximas semanas, uma vez que nos aproximamos de regiões importantes da tendência maior (pontos de inflexão). O principal suporte é o fundo anterior em US$22.500, sendo que o preço precisa se sustentar acima dessa região e da média móvel de 21 períodos, para manter a estrutura de uma tendência de alta (topos e fundos mais altos).

A sugestão para os compradores é diminuir os stops conforme os preços avançam ou diminuir as suas exposições, uma vez que esperamos mais volatilidade para a próxima semana.

*Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.

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