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Dificuldade de mineração do bitcoin bate novo recorde e ameaça lucro de mineradoras

Nos últimos três meses, mineração da criptomoeda ficou 6,4% mais difícil, atingindo uma nova máxima histórica

Mineração de bitcoin: dificuldade da atividade bateu novo recorde (Bloomberg/Getty Images)

Mineração de bitcoin: dificuldade da atividade bateu novo recorde (Bloomberg/Getty Images)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 21 de agosto de 2025 às 14h45.

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A dificuldade de mineração do bitcoin atingiu um novo recorde em agosto. Dados reunidos pela empresa CoinWarz mostram que a mineração da criptomoeda ficou 6,4% mais difícil nas últimas semanas, o que exige mais gastos e recursos de mineradores para concluir o processo.

Atualmente, a dificuldade está na casa dos 129 trilhões, o maior nível registrado em toda a história da criptomoeda. Porém, há a expectativa de que esse nível deve cair na próxima medição, que será realizada na sexta-feira, 22, com projeção de queda para 128 trilhões.

Se o movimento se concretizar, a dificuldade teria uma redução de 0,33%, mas ainda estaria em um grau elevado. Em junho, a mineração do bitcoin chegou a atingir um nível recorde de dificuldade, ultrapassando os 126 trilhões pela primeira vez, mas o marco já foi superado.

A tendência é que a dificuldade maior implique em margens de lucro menores para as empresas que atuam na mineração da criptomoeda, já que elas precisarão empregar mais recursos energéticos e computacionais para tentar competir com outras mineradoras.

A mineração de bitcoin envolve a resolução de problemas matemáticos complexos. O "vencedor" ganha o direito de validar informações que serão registradas na rede blockchain. Em troca, recebem uma recompensa em unidades da própria criptomoeda.

Cenário adverso para mineradoras

O aumento de dificuldade pode fazer com que os gastos necessários para participar do projeto superem o valor das unidades da criptomoeda recebidas. Para piorar, a média de taxas de transação pagas pelos usuários tem caído nas últimas semanas, reduzindo ainda mais as margens de lucro.

No caso dos mineradores que operam nos Estados Unidos, especialistas afirmam que as tarifas implementadas pelo presidente Donald Trump também prejudicaram o segmento. Em muitos casos, os equipamentos usados na atividade são importados da China e de outros países que foram alvo de tarifas.

O cenário implica em uma dificuldade cada vez maior das mineradoras de bitcoin de manter as suas operações lucrativas, além de uma concentração da atividade em grandes empresas com os recursos necessários.

Com isso, algumas mineradoras têm buscado diversificar suas fontes de receita, incluindo atividades ligadas à inteligência artificial.

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