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Criptomoedas: bilionário Ray Dalio explica demanda por ativos (World Economic Forum / Boris Baldinger/Divulgação)
Editor do Future of Money
Publicado em 3 de setembro de 2025 às 12h00.
O investidor bilionário Ray Dalio afirmou nesta quarta-feira, 3, que a disparada da dívida pública de diversos países, incluindo dos Estados Unidos, tem estimulado uma demanda de investidores pelo ouro e por criptomoedas. Combinados, os dois ativos são cada vez mais vistos como forma de proteção de portfólios.
Dalio disse que o crescimento da dívida pública norte-americana acaba ameaçando a posição do dólar como uma reserva de valor global. Nesse cenário, é natural que investidores migrem para outros ativos que podem ter o mesmo potencial, realocando capital.
O ouro é considerada a reserva de valor mais antiga e tradicional do mercado, o que leva à forte atratividade para investidores. Como resultado, o ativo bateu nesta semana um novo recorde de preço. Entretanto, as criptomoedas também começam a ganhar espaço nessa categoria.
O bitcoin é o grande destaque do setor com essa utilidade, segundo Dalio. O bilionário também avalia que o movimento é semelhante ao observado em períodos de crise econômica, como entre 1930 e 1940 e entre 1970 e 1980, em que moedas fiduciárias também perderam espaço como ativos de reservas.
"As criptomoedas agora são uma moeda alternativa com oferta limitada", destacou o bilionário. A avaliação de Dalio é que "a dívida incontrolável dos governos representa uma ameaça para a posição do dólar e de outras moedas enquanto ativos de reserva de riqueza".
O investidor acredita que, enquanto a confiança de investidores em relação às dívidas públicas continuar ruim, a tendência é de migração para o ouro e o bitcoin. O principal motivo é a característica de escassez dos dois ativos, o que acaba dando mais confiança sobre a trajetória de preço.
Dalio disse ainda que está preocupado com o cenário econômico atual dos Estados Unidos, destacando que, além de uma dívida crescente, o país também enfrenta um movimento de enfraquecimento da independência do Federal Reserve por parte do presidente Donald Trump.
Ele aponta também uma intervenção estatal crescente no mercado. Para o bilionário, o cenário macroeconômico e geopolítico atual seria semelhante ao do final dos anos 1920. Recentemente, e mantendo essa perspectiva, ele recomendou que investidores aloquem até 15% dos portfólios em ouro e bitcoin.
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