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Drex: lançamento do real digital pode atrasar, aponta coordenador do Banco Central

Fase de testes do Drex deve atrasar lançamento da moeda digital brasileira, mas não irá impedí-lo, de acordo com o coordenador do projeto no Banco Central do Brasil

 (Priscila Zambotto/Getty Images)

(Priscila Zambotto/Getty Images)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 27 de fevereiro de 2024 às 18h06.

Última atualização em 27 de fevereiro de 2024 às 18h34.

O lançamento do Drex, a nova moeda digital brasileira, pode atrasar por conta de procedimentos legais. Segundo apontou Fabio Araújo, coordenador do Drex junto ao Banco Central, a autarquia está comprometida com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a confidencialidade bancária e adequar a moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês) a estes pontos tem exigido uma demanda maior do BC.

Araújo, revelou que a fase de testes do Drex, deve finalizar em maio, mas a definição dos protocolos de privacidade e infraestrutura deve atrasar e é pouco provável que sejam concluídos até o primeiro semestre, atrasando todo o cronograma do Drex.

"Progredimos rapidamente com as soluções, mas é improvável que atendamos todos os requisitos regulatórios até o meio do ano", disse durante evento realizado nesta segunda, 26, pela Microsoft e a Hamsa em São Paulo.

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A intenção, segundo ele, é continuar desenvolvendo soluções de privacidade e protocolos de governança ao longo do segundo semestre. Além disso, o BC deve incorporar ativos à plataforma, para oferecer um conjunto de serviços em teste para a população.

Diante dos desafios do Drex o executivo do BC não descartou, contudo, que o lançamento possa ocorrer ainda em 2024, mas afirmou que os testes de privacidade devem continuar.

“Continuaremos os testes de privacidade e tentaremos aprimorar outros aspectos do projeto, como outros casos de uso e outros participantes. Isso dependerá das formalidades e da forma como devemos concluir a primeira fase do piloto”, Araujo reiterou.

"Não vamos fazer como outros países como a Austrália que rodam o piloto e depois não colocam em prática. Ao longo do segundo semestre devemos continuar os testes de privacidade e tentar amadurecer algum outro aspecto do projeto, como casos de uso ou ativos ou outros participantes, a depender da burocracia e da forma que encerrarmos a fase de privacidade do piloto", concluiu Araújo.

Drexit

Além dos problemas relacionados com a LGPD e questão regulatórias, o BC enfrenta um outro problema: a falta de funcionários. A saída de funcionários do BC ganhou até um nome, Drexit, união das palavras Drex e Brexit (movimento de saída do Reino Unido da União Europeia). Isso ocorre, pois as empresas estão cada vez mais interessadas no potencial dos tokens RWA e em como eles podem transformar a economia nacional por meio do Drex.

Deste modo, muitas empresas estão assediando funcionários do BC com propostas de altos salários e cargos para coordenar esta transformação no setor privado. Resultado: muitos funcionários de 'elite' do BC estão deixando o Banco Central para trabalhar na iniciativa privada.

Um exemplo deste êxodo é Bruno Batavia que trabalhava no desenvolvimento do Drex e deixou o BC para assumir um cargo na gestora Valor Capital. Além disso, funcionários do BC estão deixando a instituição para trabalhar em outras repartições públicas com salários melhores, como a Câmara dos Deputados.

No total o BC pode ter até 6.470 funcionários. No entanto, atualmente o BC conta com 3.300 servidores em atividade, sendo que 692 vão se aposentar em breve. Além disso, os funcionários atuais estão insatisfeitos com os salários e política de carreira da instituição, anunciando greves e paralisações pontuais que contaram até com a participação do presidente da instituição, Roberto Campos Neto.

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