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Drex reduz uso de tecnologia blockchain e pode ter lançamento em 2026

Projeto do Banco Central tem encontrado dificuldades para superar problemas de privacidade da tecnologia e quer lançamento parcial em 2026

Drex: Banco Central vai mudar projeto (Divulgação/Divulgação)

Drex: Banco Central vai mudar projeto (Divulgação/Divulgação)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 7 de agosto de 2025 às 16h20.

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O Drex vai passar por novas mudanças para viabilizar um lançamento parcial em 2026. O projeto do Banco Central tem como objetivo criar uma nova infraestrutura para o mercado financeiro. Até o momento, ele se baseava inteiramente na mesma tecnologia usada por redes blockchains de criptomoedas, mas isso deve mudar na próxima fase do projeto.

As informações foram compartilhadas por integrantes do Banco Central ao longo desta semana. A EXAME entrou em contato com o BC para pedir mais detalhes da mudança, mas não obteve resposta até o momento. A reportagem será atualizada caso haja um posicionamento.

Histórico do Drex

Inicialmente batizado de Real Digital, o Drex tinha como primeiro escopo a criação de uma moeda digital de banco central (CBDC), com a integração do real a uma rede de registro distribuído (DLT) semelhante a um blockchain. O avanço do projeto, porém, levou a uma expansão de escopo.

Atualmente, o Banco Central afirma que o projeto busca criar uma nova infraestrutura que viabilize a tokenização de ativos e seja a base de trocas de valores entre bancos e outras instituições financeiras. Porém, desde a primeira fase do seu piloto, o projeto enfrenta dificuldades para conciliar as características da tecnologia com a necessidade de cumprir requisitos de privacidade de dados.

Logo no início do projeto, o Banco Central chegou a compartilhar a projeção de que ele poderia ser lançado para o público neste ano. O avanço do piloto, porém, ocorreu sem atualizações sobre uma data de lançamento.

Mudanças no projeto

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Fabio Araujo, coordenador do Drex, disse que as soluções de privacidade testadas até o momento "são boas", mas "aparentemente não é suficiente". Por isso, o projeto deve ser dividido em duas partes. Uma terá foco de longo prazo com uso da tecnologia DLT e buscará solucionar a questão.

A outra terá foco no curto prazo e pode ser lançada para o público no segundo semestre de 2026. A informação também foi confirmada por Clarissa Souza, auditora do Banco Central, segundo o site Cointelegraph. Não foi informada qual tecnologia será usada no lugar da rede DLT Hyperledger Besu, que está sendo usada no piloto. Souza disse que a ideia é ter uma rede proprietária do BC e que esteja adequada às necessidades da autarquia.

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Segundo Araujo e Souza, a nova fase sem a tecnologia blockchain focará na reconcialiação de gravames. Ou seja, situações em que ativos são usados como garantia em transações. A ideia é que o Drex seja usado para facilitar esse tipo de operação.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, já havia afirmado que vê potencial no uso do Drex no mercado de crédito, inclusive para baratear operações. Nesta semana, ele disse que o projeto difere da maioria das CBDCs atualmente desenvolvidas ao redor do mundo.

A mudança também ocorre poucos meses após o presidente dos Estados Unidos Donald Trump criticar as CBDCs e proibir o desenvolvimento de um "Dólar Digital" no país, afirmando que o projeto poderia violar direitos da população.

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