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Editor do Future of Money
Publicado em 17 de junho de 2025 às 16h52.
Última atualização em 17 de junho de 2025 às 17h00.
O Banco Central revelou na última semana que o Drex deverá contar com mais uma fase do seu projeto piloto. A iniciativa foi lançada em 2023 e envolve uma série de testes para o desenvolvimento tanto de uma versão digital do real quanto de uma nova infraestrutura para o mercado financeiro brasileiro, com base na tecnologia blockchain.
A informação sobre a terceira fase do piloto foi compartilhada por Rogério Antônio Lucca, secretário executivo do Banco Central, durante a Febraban Tech 2025. Ele informou, ainda, que a nova rodada de testes da tecnologia deverá focar no mercado de crédito.
"O cliente tem de ter facilidade no uso e sensação de segurança para garantir que o sistema financeiro nacional desenvolva serviços e resolva problemas como o alto endividamento em crédito de má qualidade", ressaltou.
A terceira fase do piloto do Drex ainda não tem uma data oficial para começar. A expectativa, porém, é que ela se estenda pelo segundo semestre de 2025 e, possivelmente, pelo primeiro semestre de 2026. O cronograma seguiria o implementado na segunda fase do piloto.
Segundo Lucca, o foco da nova fase será a criação de soluções de tokenização de ativos do mundo real que poderão ser usados como garantia para empréstimo bancários. Haverá, ainda, a avaliação sobre o potencial da tecnologia no setor de crédito, buscando eficiências operacionais.
A ideia é avaliar o potencial da infraestrutura do Drex para aumentar o acesso ao crédito e reduzir as taxas atualmente cobradas. Não foi informado se o projeto contará com casos de uso específicos e com novos participantes, indo além das instituições financeiras que já atuam no piloto.
Lucca disse ainda que a segunda fase do piloto deve terminar entre junho e julho de 2025. Em seguida, haverá uma avaliação dos testes e resultados e a definição de um cronograma mais claro.
O potencial do Drex para o mercado de crédito já havia sido destacado pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Neste ano, ele disse que o Drex tem potencial para aumentar a eficiência e reduzir os custos do mercado de crédito brasileiro, barateando o acesso ao crédito para a população.
O Drex está atualmente na segunda fase do seu projeto piloto. Ela foi iniciada no segundo semestre de 2025 e tem como foco o desenvolvimento de diversos casos de uso potenciais para a tecnologia, ajudando a definir seu escopo e a identificar vantagens e desafios.
Já a primeira fase do piloto do Drex ocorreu entre 2023 e 2024. Ela teve como foco um caso de uso específico: a emissão e negociação de títulos públicos tokenizados entre clientes de instituições financeiras diferentes.
O principal desafio da primeira fase foi a garantia de privacidade de dados na rede do Drex, que é semelhante a um blockchain. O tema ainda não foi resolvido, mas avançou durante a segunda fase.
O Banco Central chegou a receber propostas para a entrada de novas instituições no piloto, mas as rejeitou no início de 2025. O anúncio sobre a terceira fase do piloto sugere uma estratégia semelhante à da primeira fase, com o teste de uma aplicação mais específica da tecnologia.
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