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Está tarde para investir em cripto? 5 motivos para acreditar que os ganhos estão só começando

Depois que o bitcoin saiu de zero até US$ 112 mil, muitos investidores podem acreditar que "a oportunidade passou", mas não é bem assim

 (Reprodução/Reprodução)

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João Galhardo
João Galhardo

Analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual

Publicado em 24 de maio de 2025 às 11h00.

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“Será que perdi o bonde de cripto?” Essa pergunta surge cada vez mais entre investidores tradicionais, especialmente após o bitcoin bater recordes históricos acima dos US$ 111 mil e voltar a ser manchete global. A sensação é que pode ser "tarde demais" para aproveitar essa onda.

Mas calma! Uma análise mais atenta ao cenário atual mostra justamente o contrário: estamos só começando. Separei cinco motivos detalhados que explicam o porquê.

1. Adoção institucional ainda está no começo

Gigantes institucionais começaram recentemente a adotar o bitcoin como opção de investimento para clientes. O Goldman Sachs, por exemplo, já é o maior detentor de cotas do iShares Bitcoin Trust (IBIT), o ETF da BlackRock, com aproximadamente US$ 1,4 bilhão em cotas.

Para um banco que até pouco tempo era conhecido por seu ceticismo com criptomoedas, essa mudança é extremamente simbólica. Como as posições pertencem aos clientes e não diretamente ao banco, isso sinaliza uma confiança crescente em ofertar a classe de ativo, movimento que deve ser replicado por grandes instituições ao decorrer de 2025.

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Outros gigantes seguem a mesma linha. A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, conquistou o 5º maior fluxo de entrada entre todos os ETFs nos EUA em 2025 com seu ETF de bitcoin. Além disso, Larry Fink, CEO da BlackRock, declarou diversas vezes ao decorrer do ano que o bitcoin é o “novo padrão global para troca de valor”.

Apesar desse movimento acelerado, apenas cerca de 10% dos portfólios institucionais nos EUA têm exposição a bitcoin, segundo estudo da ARK Invest. Isso significa que ainda temos quase 90% do capital institucional fora do jogo — demonstrando claramente o quão cedo estamos no ciclo atual.

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2. Clareza regulatória crescendo

Outro ponto fundamental para entender que o momento ainda é inicial são os avanços recentes na regulamentação do setor. A falta de clareza regulatória vinha sendo um grande obstáculo para investidores institucionais, mas isso está rapidamente mudando.

Nos EUA, o Genius Act, projeto de lei que regula stablecoins, já avançou para votação no plenário do Congresso americano. Essa legislação exigirá reservas integrais, maior transparência e padrões prudenciais claros, reduzindo as incertezas que afastavam investidores conservadores.

Além disso, em março de 2025, o OCC (órgão regulador dos bancos americanos) esclareceu oficialmente que instituições financeiras podem oferecer custódia de ativos digitais, operar stablecoins e integrar tecnologias blockchain em suas operações, desde que cumpram com rigorosas políticas de gestão de risco. Trata-se de uma grande virada frente às restrições que vigoravam anos atrás.

Na Europa, o regulamento MiCA entrou em vigor integralmente no fim de 2024. Japão e Singapura já possuem regimes de licenciamento claros e funcionais. Essa convergência regulatória global indica claramente que os governos preferem integrar o setor cripto do que bani-lo.

3. Bitcoin na mira das estratégias corporativas

Além dos bancos, empresas estão adotando criptomoedas em suas estratégias financeiras. Pioneiras como MicroStrategy e Tesla chamaram a atenção em 2020 e 2021, mas agora novos exemplos começam a surgir, inclusive no Brasil.

Em 2025, a brasileira Méliuz tornou-se a primeira empresa listada na bolsa brasileira a manter Bitcoin como parte da reserva estratégica de caixa. Após aprovação pelos acionistas para alocar até 10% do caixa em BTC, a empresa já acumulou cerca de 320 BTC (~US$ 30 milhões).

Cada nova empresa seguindo esse caminho aumenta o efeito de rede, criando condições favoráveis para outras companhias adotarem o mesmo modelo. Considerando que menos de 7% da população mundial detém criptomoedas, o espaço de crescimento corporativo e de usuários ainda é enorme.

4. Bitcoin como colateral: o próximo passo na integração financeira

Outra potencial destrava de valor é o uso do bitcoin como garantia em operações financeiras tradicionais. Em abril deste ano, a mineradora Riot Platforms conseguiu uma linha de crédito de US$ 100 milhões junto à Coinbase, oferecendo seus bitcoins como garantia com colateralização de 150%. Imagine essa opcionalidade estendida a todos através de grandes instituições financeiras, e o impacto disso no mercado.

Essa modalidade abre portas para que investidores e empresas obtenham liquidez sem precisar vender bitcoin, incentivando ainda mais a retenção do ativo no longo prazo.

Com o OCC demonstrando abertura regulatória para esse modelo, não será surpresa ver grandes bancos tradicionais como Goldman Sachs ou Citi oferecendo empréstimos garantidos por BTC em breve.

Isso tornará o bitcoin comparável a ativos tradicionalmente aceitos como garantia (ações e imóveis), reforçando sua integração ao mercado financeiro tradicional.

5. Ainda é cedo, como no início da internet

A sensação atual lembra muito o início dos anos 2000 com a internet. Muitos naquela época também acreditavam que era "tarde demais" para investir, sem perceber que estavam assistindo ao início de uma transformação profunda.

Hoje, o fato de tantas pessoas ainda questionarem se perderam a oportunidade de investir em cripto sugere claramente que estamos longe da saturação. Quem possui uma visão de longo prazo entende que os melhores anos provavelmente ainda estão pela frente.

Conclusão

Não, você não perdeu o bonde das criptomoedas. A adoção institucional está só começando, as regulamentações ainda estão sendo consolidadas e a integração corporativa encontra-se nos estágios iniciais. Sim, a volatilidade existe, mas justamente por isso surgem oportunidades únicas para investidores pacientes e estratégicos.

Estamos mais perto do início dessa história do que do seu fim. Para investidores de longo prazo, o melhor provavelmente ainda está por vir.

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