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Editor do Future of Money
Publicado em 29 de maio de 2025 às 17h56.
Última atualização em 29 de maio de 2025 às 18h47.
Vitalik Buterin, criador do blockchain Ethereum, afirmou no último domingo, 25, que a rede pode ter a tecnologia ideal para criar uma sociedade sem uso de dinheiro em espécie. O desenvolvedor falou sobre o tema após recursos em projetos com esse objetivo na Europa.
Recentemente, a Suécia e a Noruega decidiram reduzir o tamanho de suas iniciativas para eliminar o uso de dinheiro em espécie pela população. A justificativa para a decisão envolveu os riscos com a instabilidade geopolítica no continente, o que justificaria manter um certo uso do dinheiro físico.
Ao falar sobre a decisão dos dois países, Buterin disse que a tentativa de criar uma sociedade sem uso de dinheiro em espécie não dará certo enquanto as soluções propostas se basearem em sistemas e infraestruturas centralizadas. Por isso, a Ethereum seria uma solução.
"Os países nórdicos estão recuando da iniciativa de uma sociedade sem dinheiro porque sua implementação centralizada do conceito é muito frágil. O dinheiro em espécie se mostra necessário como reserva", explicou o responsável pela criação do blockchain e um de seus principais líderes.
Por outro lado, Buterin avalia que "a Ethereum precisaria ser resiliente o suficiente e privada o suficiente para poder desempenhar esse tipo de papel de forma confiável", mas que seria possível utilizar a rede como um sistema base para diversas operações financeiras.
O principal temor da Noruega e da Suécia envolve o risco de ataque cibernético, o que poderia derrubar toda a infraestrutura digital para pagamentos e inviabilizar operações rotineiras por parte da população. Para os países, a única alternativa seria sempre manter uma reserva em dinheiro em espécie.
Para Buterin, a descentralização de redes blockchain como a Ethereum mitigaria esse risco, já que, mesmo em caso de invasões, seria possível manter a rede em funcionamento, ignorando as partes comprometidas. Nesse caso, questões de escalabilidade e resiliência da rede seriam determinantes para o sucesso.
"Basicamente, sabemos como fazer isso, mas com a limitação de que qualquer solução depende de hardware confiável e/ou aplicação contra gastadores duplos", pontuou ainda o desenvolvedor. A ideia seria aproveitar as vantagens da tecnologia blockchain para abordar os riscos identificados pelos países.
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