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Governo dos EUA precisa ter reserva de armas, não de bitcoin, diz CEO do JPMorgan

Jamie Dimon afirmou que criação de reservas de bitcoin e outras criptomoedas não é importante para garantir a segurança dos Estados Unidos

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 2 de junho de 2025 às 12h08.

Última atualização em 2 de junho de 2025 às 13h37.

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Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, criticou na última sexta-feira, 30, a decisão do governo dos Estados Unidos de criar reservas estratégias do bitcoin e de outras criptomoedas. Para o líder do maior banco do mundo, esses ativos não seriam importantes para garantir a segurança dos EUA, e portanto as reservas não fariam sentido.

Dimon defendeu que o país deveria priorizar a criação e expansão de reservas de itens "essenciais" como "armas, munição, aviões, drones e minerais de terras raras" ao invés de criar reservas de ativo digitais como forma de garantir a segurança dos Estados Unidos em cenários de crise.

"Nós não deveríamos estar acumulando bitcoins. Nós sabemos o que nós precisamos ter, não é um mistério", disse o CEO do JPMorgan. Ele afirmou ainda que "se ocorresse uma guerra no Mar do Sul da China, nós teríamos mísseis para sete dias de conflito. Nós precisamos agir".

O executivo tem um longo histórico de críticas ao bitcoin e a outras criptomoedas, mas essa foi a primeira vez em que Dimon criticou explicitamente a criação de reservas desses ativos pelos Estados Unidos. O projeto faz parte de uma série de ações do governo Trump para o setor.

Pouco depois de assumir a Presidência dos Estados Unidos, Trump assinou uma ordem executiva que criou uma reserva estratégica de bitcoin e estoques nacionais de outras criptomoedas. Há, ainda, a possibilidade de o país realizar compras de bitcoin para expandir a reserva.

Críticas de Jamie Dimon ao bitcoin

Em janeiro deste ano, Dimon afirmou que o bitcoin "não tem nenhum valor intrínseco" e que o ativo era "majoritariamente usado por traficantes sexuais, para lavagem de dinheiro e para golpes cibernéticos. Então eu não sou otimista sobre o bitcoin".

Anteriormente, ele comparou o ativo a uma "pedra de estimação", porque "não faz nada". O CEO do JPMorgan disse na época que sua recomendação pessoal para investidores era que eles não se envolvessem com criptomoedas. Mas a posição do próprio banco é divergente.

Em 19 de maio, o JPMorgan anunciou que vai permitir que seus clientes comprem criptomoedas pela sua plataforma de investimentos. Anteriormente, a negociação de ativos digitais era proibida pelo banco, mas a instituição se somou à onda de adoção dos ativos digitais.

Mesmo com a mudança de postura, Dimon reforçou suas críticas ao ativo e disse que "não é um fã" do bitcoin, associando novamente a criptomoeda a atividades ilegais.

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